A Reconfiguração da Questão Agrária e a Questão das Territorialidades

03/07/2011
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Nos últimos anos uma visão triunfante vem predominando na análise do campo brasileiro. A questão (da reforma) agrária vem perdendo espaço não só nos meios acadêmicos e midiáticos como até mesmo em setores que historicamente pautaram suas ações e análises em torno dela por acreditarem que a reforma agrária teria um papel estruturante na construção de uma sociedade mais justa e democrática no Brasil. Esse deslocamento do debate tem sua razão de ser em abordagens que tendem a priorizar a dimensão econômica e sua crença no papel do desenvolvimento das forças produtivas que, sabemos, tem fortes raízes não só na tradição liberal-conservadora como também em certos setores do pensamento de esquerda. Não é o que se observa quando analisamos a dinâmica do espaço agrário brasileiro pelo viés da luta por direitos, justiça e democracia onde podemos perceber que a questão (da reforma) agrária mostra não só sua persistência como exige que se elabore um escopo teórico-político que dê conta da complexidade com que ela vem se redesenhando e demonstrando os limites das abordagens com que vem sendo tratada. Para isso, a análise dos conflitos ganha importância na medida em que expressa as contradições sociais em estado prático, tal como se apresentam e são vivenciados por aqueles e aquelas que os protagonizam.
 
 
- Dr. Carlos Walter Porto-Gonçalves – LEMTO-UFF
Dr. Paulo Roberto Raposo Alentejano – GeoAgrária-UERJ
 
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