III Fórum Social Mundial das Migrações
Nossas Vozes, nossos direitos. Por um mundo sem muros!
13/09/2008
- Opinión
“Contra o modelo neoliberal, não aos muros e pela cidadania universal”. Este foi um dos muitos slogans gritados na marcha que encerrou o III Fórum Social Mundial das Migrações, neste 14 de setembro. Cerca de cinco mil pessoas percorreram as ruas de Madrid reforçando a necessidade de se derrubar muros e construir pontes. A manifestação, que teve início na Praça Legazpi, lembrou o assassinato de Carlos Palomino. Um jovem migrante de 16 anos, morador de um bairro espanhol onde há décadas vivem migrantes internos e de outros países. Um assassinato impune que aprofunda ainda mais a dor de sua família. Um ramalhete de flores foi colocado no local do assassinato, resgatando o compromisso de Carlos a favor de uma convivência intercultural tão necessária na sociedade européia e no mundo.
Participaram da marcha delegações de vários países presentes no III FSMM, realizado pela segunda vez, na cidade de Rivas-Vaciamadrid. Sob o lema “nossas vozes, nossos direitos, por um mundo sem muros”, o Fórum contou com a participação de mais de três mil pessoas, provenientes de 90 países representando cerca de duas mil entidades e movimentos sociais.
Uma só voz, um só grito foi ouvido nas ruas de Madrid: “En el sur somos explorados y en el norte expulsados;” “Nenhum ser humano es ilegal, ciudadania universal”.
Marcada por muita mística e simbologia, uma grande faixa ilustrando os diversos muros levantados para os migrantes abria a marcha: os muros dos Estados Unidos, do norte da África e de Israel. Outro momento forte da mobilização foi o final da marcha. Uma enorme faixa, representando os vários muros que impedem o direito do migrante em buscar trabalho e vida digna, impedia a entrada da marcha na Praça Rainha Sofia. Num gesto de força e unidade, os marchantes derrubaram a faixa e tomaram a praça para apresentar ao mundo a Segunda Declaração de Rivas que propõe um mundo sem muros como condição essencial para se construir outro mundo possível. Entre outras coisas a Declaração defende a assinatura, ratificação e prática da Convenção Internacional dos Direitos Humanos dos Trabalhadores Migrantes e suas Famílias por parte dos estados que ainda não o fez; que as fronteiras do mundo deixem de ser espaços de impunidade onde os migrantes são objetos de todos os tipos de violência, crimes e violação; que o migrante tenha direito a participação política, ao voto e ao exercício da plena cidadania. Migrar não é delito. Delito são as causas da migração. A Declaração exige ainda a revogação imediata da Diretiva do retorno da União Européia, assim como o fim de todos os instrumentos legais que permitem a detenção de migrantes no mundo.
O III FSMM reafirma a cidadania universal e ratifica o direito de livre circulação das pessoas assim como estabelece a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Participaram da marcha delegações de vários países presentes no III FSMM, realizado pela segunda vez, na cidade de Rivas-Vaciamadrid. Sob o lema “nossas vozes, nossos direitos, por um mundo sem muros”, o Fórum contou com a participação de mais de três mil pessoas, provenientes de 90 países representando cerca de duas mil entidades e movimentos sociais.
Uma só voz, um só grito foi ouvido nas ruas de Madrid: “En el sur somos explorados y en el norte expulsados;” “Nenhum ser humano es ilegal, ciudadania universal”.
Marcada por muita mística e simbologia, uma grande faixa ilustrando os diversos muros levantados para os migrantes abria a marcha: os muros dos Estados Unidos, do norte da África e de Israel. Outro momento forte da mobilização foi o final da marcha. Uma enorme faixa, representando os vários muros que impedem o direito do migrante em buscar trabalho e vida digna, impedia a entrada da marcha na Praça Rainha Sofia. Num gesto de força e unidade, os marchantes derrubaram a faixa e tomaram a praça para apresentar ao mundo a Segunda Declaração de Rivas que propõe um mundo sem muros como condição essencial para se construir outro mundo possível. Entre outras coisas a Declaração defende a assinatura, ratificação e prática da Convenção Internacional dos Direitos Humanos dos Trabalhadores Migrantes e suas Famílias por parte dos estados que ainda não o fez; que as fronteiras do mundo deixem de ser espaços de impunidade onde os migrantes são objetos de todos os tipos de violência, crimes e violação; que o migrante tenha direito a participação política, ao voto e ao exercício da plena cidadania. Migrar não é delito. Delito são as causas da migração. A Declaração exige ainda a revogação imediata da Diretiva do retorno da União Européia, assim como o fim de todos os instrumentos legais que permitem a detenção de migrantes no mundo.
O III FSMM reafirma a cidadania universal e ratifica o direito de livre circulação das pessoas assim como estabelece a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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