Momento culminante das negociações de paz na Colômbia
08/11/2013
- Opinión
As negociações de paz na Colômbia entre o governo e as Farc chegam a seu momento culminante. A agenda de discussões tem 5 temas, o primeiro, a questão agrária, foi superado, com acordos, pelo menos no papel.
O segundo é o crucial, porque tem a ver com a reinserção institucional das Farc. Esta semana se revelou que há uma vontade políitica comum de se chegar a um acordo para que isso se dê.
As dificuldades começam na forma de implementação desse acordo. A decisão é que as Farc serão representadas no Parlamento através de zonas especiais e que a presença das suas forças é determinante. Mas não se decidiu ainda quem pode ser candidato pelas Farc.
A opinião pública é amplamente favorável a uma participação das Farc no processo político. Porem há muita resistência a que dirigentes que foram condenados com acusação de terem sido responsáveis da morte de civis seja anistiados e possam ter cidadania política normal. A que se agregam resistências no próprio Judiciário a conceder anistia a todos eles.
O presidente Santos tem pressa. Ele está pressionado por Uribe, que já escolheu como candidato para disputar a presidência um ex-ministro seu, com a plataforma de ruptura das negociações de paz. Santos quer apresentar resultados concretos num tema que mobiliza a opinião pública. Propõe até que esses acordos sejam submetidos a um referendo no próprio processo eleitoral.
Já as Farc não se anima com essa via e com a pressa de Santos. Consideram que não deveria assinar acordos com um governo que não se sabe se terá continuidade. Além de que são contra o referendo, preferindo uma Assembleia Constituinte, que incorporaria a todos os temas das negociações.
São, portanto, meses decisivos na Colômbia, tanto para a presidência do país, quanto para as próprias negociações de paz. O próximo ano poderá terminar com parlamentares das Farc no Congresso. Ou com novo fracasso no longo processo de paz, que desta vez, até aqui, avançou mais do que nunca.
O segundo é o crucial, porque tem a ver com a reinserção institucional das Farc. Esta semana se revelou que há uma vontade políitica comum de se chegar a um acordo para que isso se dê.
As dificuldades começam na forma de implementação desse acordo. A decisão é que as Farc serão representadas no Parlamento através de zonas especiais e que a presença das suas forças é determinante. Mas não se decidiu ainda quem pode ser candidato pelas Farc.
A opinião pública é amplamente favorável a uma participação das Farc no processo político. Porem há muita resistência a que dirigentes que foram condenados com acusação de terem sido responsáveis da morte de civis seja anistiados e possam ter cidadania política normal. A que se agregam resistências no próprio Judiciário a conceder anistia a todos eles.
O presidente Santos tem pressa. Ele está pressionado por Uribe, que já escolheu como candidato para disputar a presidência um ex-ministro seu, com a plataforma de ruptura das negociações de paz. Santos quer apresentar resultados concretos num tema que mobiliza a opinião pública. Propõe até que esses acordos sejam submetidos a um referendo no próprio processo eleitoral.
Já as Farc não se anima com essa via e com a pressa de Santos. Consideram que não deveria assinar acordos com um governo que não se sabe se terá continuidade. Além de que são contra o referendo, preferindo uma Assembleia Constituinte, que incorporaria a todos os temas das negociações.
São, portanto, meses decisivos na Colômbia, tanto para a presidência do país, quanto para as próprias negociações de paz. O próximo ano poderá terminar com parlamentares das Farc no Congresso. Ou com novo fracasso no longo processo de paz, que desta vez, até aqui, avançou mais do que nunca.
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