Un continente com as mãos sujas da Chevrón

09/10/2013
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A mão encharcada de betume (popularmente conhecido como “piche”) do presidente do Equador, Rafael Correa, é uma síntese do desastre ambiental realizado na Amazônia pela multinacional Texaco-Chevron, que vinha sendo relatada há mais de 20 anos pelos movimentos populares naquele país.
 
A Articulação Continental Movimentos Sociais da ALBA se soma a campanha #LaManoSuciaDeChevroncontra a Petroleira Estadounidense que foi condenado em 2012 pela Justiça equatoriana a pagar uma indenização de 19 bilhões de dólares por ter afetado a flora, a fauna, o ar, a água e a saúde de 30.000 membros de cinco nacionalidades indígenas e camponeses das províncias de Sucumbíos e Orellana. Apesar de ter sido considerada culpada pela Justiça Equatoriana, a empresa estadounidense se recusa a pagar.
 
Fazemos um chamado aos Movimentos Populares do nosso continente para boicotarmos os produtos da Chevron, em rechaço às tentativas da petroleira de fujir de sua responsabilidade pela contaminação petroleira na bacia amazônica .
 
Desde 1993, o povo do Equador vem denunciando o desastre ambiental que gerava a petroleira no seu território. Naquele ano, em nome de 30 mil habitantes da área, a maioria deles indígenas, um grupo de cidadãos entrou com uma ação em Nova York, pela poluição e os efeitos sobre a saúde. Durante a década de 90, a Chevron procurou bloquear o processo, argumentando que este deveria ser apresentado, já que considerava que o tribunal equatoriano seria mais fácil de manipular. Finalmente conseguiu o que queria e o juiz de Nova York desistiu de conhecer o caso, mas disse que a Chevron deve aceitar o veredicto do tribunal no Equador, e um novo julgamento foi criado em Lago Agrio.
 
Em 2011 e 2012 , depois de quase duas décadas de litígios, o veredicto de Lago Agrio foi que a empresa deve pagar cerca de 19 bilhões de dólares para limpar a área afetada e prestar serviços de saúde e água potável para seus habitantes. Mas a multinacional se recusa a acatar e  tem empreendido novas ações legais para bloquear a execução da decisão, juntamente com a campanha de desprestígio ao governo, ao tribunal, e aos demandantes e seus advogados.
 
No Equador, há milhares de piscinas que a Texaco, empresa que em 2001 se fundiu com a Chevron, deixadas abertas, ou mal cobertas e sem lacre. Durante os 26 anos de sua exploração de petróleo na selva Amazônica, estima-se que despejou cerca de 18 bilhões de galões de água contaminada com petróleo, que ainda segue infiltreando no solo ou se derrama durante as chuvas, além de outros 17 milhões de galões de óleo derramados em acidentes.
 
Nossa terra, os rios e córregos foram inflitrados com elementos tóxicos, contaminando a água que usávamos para nossa vida diária, devastando a vida silvestre e afetando a nossa produção agropecuária.
 
Boicote a Chevron! Chega de saques !
Pela soberania sobre nossos territórios !
Pela auto- determinação dos povos!
Fora as multinacionais do nosso continente !
Articulação Continental
https://www.alainet.org/pt/articulo/80005

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