Nobel da Paz para a Brigada “Henry Reeve”

Face à atual pandemia, novamente esses médicos cubanos voluntários prestam assistência em pelo menos 23 países de todo o mundo.

15/05/2020
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A exemplar solidariedade internacionalista de Cuba tem uma notável expressão na Brigada “Henry Reeves”. Face à atual pandemia, novamente esses médicos cubanos voluntários prestam assistência em pelo menos 23 países de todo o mundo. Enquanto o imperialismo EUA intensifica o criminoso bloqueio que já dura há mais de 60 anos, a ilha heróica leva a outros povos, a centenas de milhares de seres humanos, auxílio médico e solidariedade. A campanha pela atribuição do Nobel da Paz à Brigada “Henry Reeve” merece todo o empenho e apoio.

 

Em todo o mundo é reconhecido o seu esforço, solidariedade, dedicação e compromisso com a saúde de todos os seres humanos. A Brigada “Henry Reeve” de médicos cubanos está actualmente a trabalhar em pelo menos 23 países da Europa, África e Ásia, América Latina e Caribe, divulgando os valores essenciais do internacionalismo incutidos por Fidel Castro desde 2005, quando foi fundada, acrescentando-se à longa história de apoio e fraternidade realizada no mundo por Cuba desde os primeiros anos do triunfo revolucionário.

 

Hoje, esse internacionalismo dá exemplo e esperança a milhões de seres humanos que enfrentamos a pandemia de COVID-19, independentemente do clima de agressão e hostilidade permanente que Cuba enfrenta devido ao bloqueio económico imposto pelos Estados Unidos há já sessenta anos e aos ataques de grupos ultraconservadores, ocupados com os seus interesses particulares e obscuros e sem se importarem com o grande trabalho humanitário que os médicos cubanos realizam, o qual, há já muito tempo, é reconhecido não apenas pelos governos dos povos auxiliados mas por organizações internacionais como a Organização de Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS), como sucedeu em Maio de 2017 quando lhe foi entregue o prémio “Dr. Lee Jong-wook de Saúde Pública ”, em cerimônia realizada em Genebra, no âmbito da 70ª Assembleia Mundial da Saúde. Nessa cerimónia foi dito por parte da OMS que: “A Brigada Henry Reeve tem espalhado por todo o mundo uma mensagem de esperança. Os seus 7.400 profissionais de saúde voluntários que a integraram, trataram mais de 3,5 milhões de pessoas em 21 países que enfrentam os piores desastres e epidemias da última década.”

 

Mas o reconhecimento mais importante, que sem dúvida enche os corações dos médicos cubanos em todos os cantos do mundo que pisam, é o que os povos lhes dão com as suas saudações, como vimos nestes tempos de pandemia, com aplausos, frases, mensagens nas redes sociais ou escritos em diversos media, sinais de carinho e gratidão, pela luz transmitida pela Brigada “Henry Reeve” e que brilha acima de qualquer injúria desumana lançada de Washington ou por alguns dos seus fiéis servidores, o exemplo de amor que o internacionalismo revolucionário-humanista de Cuba significa merece todos os reconhecimentos possíveis.

 

É nesse sentido, o da gratidão e fraternidade entre os povos, independentemente das diferenças dos governos, que o Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade para com os Povos convocou todos no mundo a que nos juntemos na iniciativa de solicitar a nomeação da Brigada Internacional Médica Especializada em Situações de Desastre e Epidemias Graves “Henry Reeve” de Cuba, para que receba o Nobel da Paz, pela sua alta contribuição à humanidade no enfrentamento da pandemia gerada pelo Coronavírus Covid-19.

 

A este apelo juntaram-se centenas de vozes, desde comités de solidariedade, grupos de intelectuais, associações civis, religiosas, sociais e de saúde, residentes em diferentes países, inclusivamente nos Estados Unidos, como já fez a secção EUA da Rede em Defesa da Humanidade ou a secção do Comité Internacional Paz, Justiça e Dignidade para os Povos do mesmo país e, juntamente com eles, a organização norte-americana Codepink, composta principalmente por mulheres, que se expressou referindo a importância de ser reconhecido o trabalho da Brigada “Henry Reeve” dizendo que: “Tal manifestação de solidariedade é especialmente importante face ao aumento de sanções e ameaças da administração Donald Trump e dados os acontecimentos da semana passada, quando um indivíduo armado abriu fogo com uma espingarda de assalto contra a embaixada cubana em Washington DC […] Enquanto a daministração Trump demoniza o programa médico de Cuba e intensifica seu bloqueio contra o país, chegando ao ponto de confiscar suprimentos médicos altamente necessários para o Covid-19, devemos apoiar Cuba e chamar a atenção para o bom trabalho dos Médicos cubanos em todo o mundo “.

 

As organizações que promovem o reconhecimento da Brigada Médica “Henry Reeve” procuram que o apoio se expanda em todo o mundo e que esta candidatura ao Nobel da Paz possa ser incluída, porque, embora o prazo limite para as nomeações tenha já passado, o contexto mundial e o grande trabalho realizado justificam que a Academia Sueca abra um a excepção e os médicos cubanos sejam inscritos nela, isto permitiria dar um exemplo ao mundo, de que acima dos desejos e interesses de governos e grupos de poder está e sempre estará o humanismo e a esperança praticados por aqueles que acreditam num mundo melhor, onde a saúde e o bem-estar social não sejam privilégios políticos, mas um direito real e realizado para todos os seres humanos, que é a mensagem cubana através do internacionalismo representado pela Brigada Médica “Henry Reeve”, é esse o desejo dos povos que reconhecem o seu esforço humanista. Para tal, é necessário que, por todos os meios possíveis, se faça ouvir a voz de todos em favor da nomeação dos médicos cubanos.

 

Que o Nobel da Paz seja para a Brigada Médica “Henry Reeve” de Cuba!

 

 

15.May.20

https://www.odiario.info/nobel-da-paz-para-a-brigada/

 

https://www.alainet.org/pt/articulo/206576
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