Marcha ocupa ruas de Cancún contra inércia da conferência

06/12/2010
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Organizações sociais também fazem da marcha em Cancun uma homenagem ao camponês coreano Lee Kyung-Hae
 
Movimentos sociais de todo o mundo ocuparam as ruas da cidade de Cancún, México, na manhã de domingo (5) para exigir da COP 16 – conferência sobre mudanças climáticas da ONU – verdadeiros compromissos a fim de combater o aquecimento global. De acordo com o hondurenho Rafael Alegria, representante da Via Campesina – organização que convocou a marcha – os objetivos do protesto eram denunciar as propostas de países e empresas que buscam apenas lucrar com a crise climática, defender as propostas tiradas pela Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas, realizada em abril deste ano em Cochabamba, Bolívia, e também homenagear Lee Kyung Hae.
 
Lee era um agricultor coreano que, em 10 de setembro de 2003, durante a 5ª Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancun (México), imolou-se carregando um cartaz que dizia “a OMC mata os agricultores".
 
Os cerca de 5 mil marchantes se dirigiram até o marco zero da cidade de Cancún, local onde Lee suicidou-se, para prestar a homenagem. Depois, a marcha seguiu para a prefeitura local, para a realização de um ato com falas de dirigentes sociais. O Brasil esteve representado na marcha pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
 
Apesar do fortíssimo policiamento que toma conta das ruas de Cancún, a manifestação transcorreu sem qualquer incidente. Uma segunda marcha, desta vez em direção ao Moon Palace, hotel onde acontece a COP 16, acontecerá na próxima terça-feira (7). 
 
- Vinicius Mansur de Cancun (México)
 
https://www.alainet.org/pt/articulo/146139
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