Lançado Tribunal contra as Transnacionais

08/11/2007
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No marco da Cúpula pela Integração e a Amizade dos Povos Ibero-americanos, que acontece em Santiago do Chile, se lançou o Tribunal Permanente dos Povos, que julgará às empresas transnacionais pelos seus impactos na América Latina e o Caribe e a seus cúmplices, como as Instituições Financeiras Internacionais que as financiam e as classes dominantes locais que se beneficiam e legitimam seu acionar.

O Tribunal terminará em maio de 2008, em Lima, Peru, quando será realizada a III Cúpula Birregional entre a Europa, a América Latina e o Caribe. O propósito é evidenciar as conseqüências das açoes das empresas multinacionais européias nos países da região. Unión Fenosa, Suez, Repsol-YPF, Telefônica, Endesa, BBVA e o Banco Santander serão algumas das empresas que estarão no banco dos réus, pelo saque, depredação, apropriação e contaminação de nossos recursos naturais, riquezas, terras e vidas.

De cara ao Tribunal de Lima, diferentes organizações e movimentos sociais se comprometeram a apresentar casos concretos onde se evidenciem as nefastas políticas das empresas transnacionais, que buscam por qualquer meio aumentar seus ganhos. Desde os impactos ambientais, passando pelos direitos trabalhistas negados, a privatização dos serviços públicos, as desigualdades de gênero e a extração dos recursos, até a morte de milhares de pessoas por causa da contaminação produzida em nossos países, serão os exemplos que se apresentarão.

Esta Cúpula Ibero-americana é o espaço preciso para avançar na denúncia contra as empresas transnacionais a serviço do capital concentrador. Sobretudo, levando em conta que a "Mãe Pátria", como em anteriores oportunidades, venha cuidar dos interesses econômicos de suas empresas na América Latina. Cinqüenta por cento do investimento europeu na região é de capital espanhol, com Telefônica à cabeça. "Ontem vinham com os navios e as espadas, hoje vêm com os euros" se escutou dizer no lançamento do Tribunal. (Traducão: Minga/Mutirão Informativa)

- Pablo Herrero Garisto. Minga Informativa / JSA

https://www.alainet.org/pt/articulo/124295
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