De Lucio e Lula a Duarte - frustraçoes e esperança no combate dos povos
22/08/2003
- Opinión
A eleição de Nicanor Duarte no Paraguai foi interpretada nos EUA
como mais uma derrota da estratégia para a América Latina definida
no chamado Consenso de Washington.
O voto do povo paraguaio teve o significado de uma condenação do
neoliberalismo. O novo Presidente demonstrou no seu discurso de
posse estar consciente de que os eleitores se pronunciaram mais
contra uma política do que por ele como candidato.
É a quinta derrota que num período breve a direita sofre no
continente em eleições presidenciais. No movimento de fluxo e
refluxo da historia, as forças progressistas avançam, as
conservadoras recuam.
A eleição de Duarte ocorre, alias, num momento em que os EUA
reforçam as pressões para impor a ALCA, cuja implantação
significaria a recolonização política ,económica e cultural da
América Latina. A contradição entre a vontade dos povos e o
projecto de recolonizador é transparente.
A situação criada justifica uma reflexão que apenas se iniciou.
Ao escolherem dirigentes que nas suas campanhas condenaram a ordem
sócio económica existente e se comprometeram a realizar políticas
que
a modifiquem profundamente, as grandes maiorias manifestaram pelo
voto a convicção de que isso será possível .
A esperança marcou as campanhas dos candidatos na Venezuela, no
Equador, no Brasil, na Argentina e no Paraguai.
Entretanto, o único denominador comum nos cinco casos encontramo-
lo num discurso político que tinha de comum a promessa de combater
os efeitos do neoliberalismo no respeito pelas instituições. As
situações existentes, os homens e as perspectivas diferem
muitíssimo. Mas Chavez como Lúcio, Lula, Kirchner, e agora Duarte
persuadiram aqueles que os elegeram e apoiam de que os seus
governos estão em condições de reformar a sociedade no âmbito da
democracia representativa , por meios constitucionais .
A eleição desses cinco presidentes foi correctamente interpretada
em Washington como expressão do descontentamento profundo dos
povos da América Latina. Combater a ascensão das forças de
esquerda do Rio Bravo à Patagónia, impedir por todos os meios que
os programas progressistas dos novos chefes de Estado sejam
levados à prática passou a ser uma prioridade da estratégia
estadunidense para o Hemisfério.
A sua aplicação exigirá imaginação e flexibilidade. Mas é cedo
para se proceder a um balanço da resposta norte-americana ao
avanço das esquerdas. Derrotas e vitorias assinalam o
desenvolvimento da contra ofensiva dos EUA .
O OPTIMISMO DE CHAVEZ
E A CAPITULAÇAO DE LUCIO
A Venezuela bolivariana apresenta-se como o osso mais duro de roer
para o imperialismo.
O golpe de Abril do ano passado foi derrotado, bem como o
ambicioso lock out que quase paralisou o país durante dois meses.
Ambos foram apoiados por Washington.
A táctica do imperialismo e da oligarquia local é agora outra.
Sendo evidente que não podem contar com o apoio do corpo de
oficiais para uma nova intentona, as forças que exigem a demissão
de Chavez voltaram em massa às ruas para exigir o chamado
referendo revogatório.
Embora não o confessem, o seu objectivo é criar o caos.
A situação económica do país é grave. Os medias locais,
controlados pela direita, avaliam em 29% a queda do PIB no
primeiro semestre e afirmam que a taxa de desemprego se aproxima
dos 19%.,enquanto a fuga clandestina de capitais para o
estrangeiro prossegue.
Os métodos a que as forças anti- Chavez recorrem para sabotar a
economia lembram os utilizados no Chile em 1973 pelos partidos que
conspiravam contra a Unidade Popular.
Hugo Chavez, entretanto, radicalizou nos últimos meses a sua
política.
A condenação frontal da ALCA é acompanhada de iniciativas
concretas que apresentam como alternativa a integração da América
Latina num projecto bolivariano.
Na Argentina, dirigindo-se às mães da Praça de Maio, o Presidente
da Venezuela, reconhecendo as enormes dificuldades a ultrapassar,
mostrou-se optimista.Talvez excessivamente.
A« América Latina- afirmou-está em tempo de parto». Com essa
metáfora pretendeu valorizar o significado da ascensão do
movimento dos povos contra o neoliberalismo globalizado.
Mas o respeito pela coragem e dignidade de Chavez não implica uma
subestimaçao dos desafios que se colocam no Continente às forças
progressistas.
Cabe perguntar qual será o resultado do parto.
A análise do panorama político e económico dos países onde as
esquerdas alcançaram importantes vitórias exige uma reflexão
serena.
No Equador, Lúcio Gutierrez ,antes mesmo de tomar posse, iniciou
uma política de cedências aos EUA incompatível com os compromissos
assumidos durante a campanha.
Hoje, do seu programa nada resta. O povo protesta nas ruas,
colando ao presidente o labéu de traidor.
Conheci Lucio em San Salvador, durante uma Conferencia
Internacional, em Julho de 2001. Pronunciou então discursos
inflamados.
Atravessámos uma madrugada trocando ideias sobre o mundo , a
América Latina e a vida . Recordou então as horas difíceis mas
emocionantes da insurreição indígena em que assumiu papel
destacado.
Para onde caminharia aquele homem, que se definia há dois anos
como um revolucionário ?- interroguei-me.
A resposta decepcionou o seu povo.
Hoje, na Presidência, fala e actua como um dócil instrumento de
Washington. Identifica em Bush o melhor dos aliados, amplia as
facilidades concedidas às bases militares estadunidenses, faz a
apologia da ALCA, estabelece punições para funcionários que
critiquem a dolarizaçao, afasta do governo os ministros que
representavam o movimento indígena, e define como terroristas as
organizações guerrilheiras da Colômbia.
Lúcio Gutierrez , eleito para combater o neoliberalismo e levar
adiante uma política progressista, traiu os milhões de
equatorianos que o levaram à Presidência.
INCÓGNITAS
Nestas semanas a esperança volta à Argentina e ao Paraguai.
Espera-se muito de Nestor Kirchner e de Nicanor Duarte.
Talvez demasiado, na tradição latino-americana de subordinar a
solução dos grandes problemas nacionais á acção de lideres
providenciais.
Com frequência se esquece que a sobrestimaçao do papel dos
dirigentes políticos tem sido uma das causas de crises graves e
grandes decepções.
Tanto Kirchner como Duarte chegaram á presidência com trajectórias
muito diferentes do equatoriano. Mas a historia não é construída
por santos milagreiros. Aliás não é a investidura na Presidência
que transforma de repente num revolucionário alguém que ,antes,
não o era.
É um facto que os presidentes da Argentina e do Paraguai se
apresentam com mensagens que, por responderem a aspirações
populares e pelo radicalismo verbal que as marca, contribuem para
inspirar confiança, reforçando a sua base social de apoio.
Mas em ambos o discurso de reformadores sociais, para produzir
efeitos, exige como complemento indispensável medidas económicas
que o traduzam na praxis .
Kirchner fez a sua carreira como um peronista de esquerda
moderada, mas dentro do sistema. Manteve á frente da Economia
Lavagna, um homem de confiança de Duhalde e aceitou como vice um
reaccionário com o qual, alias, já entrou em choque. No dialogo
com o imperialismo tem procurado adoptar uma posição de defesa dos
interesses nacionais.
Cabe recordar que o discurso político progressista, por si só, não
abalará o poder da oligarquia portenha. Os homens mudam, para
melhor e para pior, mas seria ingénuo acreditar que o futuro
próximo da Argentina será muito influenciado pela oratória do
Presidente. Ele dependerá não das intenções e promessas de
Kirchner, mas da evolução de um processo complexo e contraditório
no qual os actos do seu governo serão determinantes para abrir ou
travar a participação do povo como sujeito da historia.
O veemente discurso contra o neoliberalismo do novo presidente do
Paraguai também não antecipa o futuro. Para adquirir significado
concreto, Duarte terá de passar da condenação à demonstração
pratica. Aí surgirão as dificuldades.
Foi uma surpresa positiva para milhões de latino americanos o
discurso progressista, quase desafiador do chefe de estado
paraguaio. Mas será capaz de se manter-se nessa posição um
político que foi ministro dos dois últimos governos reaccionários
do seu pais?
Uma certeza: o imperialismo tudo fará no seu relacionamento com os
presidentes da Argentina e do Paraguai para impedir que os seus
governos desenvolvam políticas que sejam a concretização possível
dos compromissos assumidos perante os respectivos povos.
O balanço decepcionante do inicio do Governo de Lula constitui um
tema para reflexão. Poucas vezes na América Latina um presidente
recebeu as insígnias de Chefe de Estado numa atmosfera de
entusiasmo e confiança popular comparável.
No amplo leque de forças políticas que apoiou a sua candidatura
existia a consciência de que o novo Presidente iria encontrar no
caminho enormes obstáculos. Mas a percepção dessa realidade era
compatível com a convicção de que, apesar das pressões internas
resultantes de uma coligação muito heterogénea e da extrema
dificuldade do dialogo com o imperialismo, o governo Lula tinha
condições para desenvolver uma política muito diferente das
tradicionais e iria levá-la adiante. E isso não aconteceu.
Transcorridos oito meses, apesar da participação no governo de
partidos e personalidades com um passado revolucionário, o povo
brasileiro assiste, com surpresa e crescente mal estar, à
continuação da política de Fernando Henrique Cardoso.
Em postos chave do Estado, como o Ministério da Fazenda e o Banco
Central, permanecem- com a confiança de Lula e da direcção do PT -
António Palloci e Meirelles (este ex - presidente do Bank of
Boston) . O chefe da Casa Civil, José Dirceu, dá o seu pleno aval
à aplicação rotineira de uma estratégia económica neoliberal.
Quanto ao presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoíno,
comporta-se como um bombeiro político, tentando apagar focos de
indignação com um discurso eticamente indefensável. No campo da
política externa, Lula tem, em intervenções pessoais, acumulado
alguns desacertos imperdoáveis, desde as suas declarações em Davos
sobre a possível conciliação entre o capital e o trabalho, ao
recente elogio ao grande papel que a ONU estaria a desempenhar no
Iraque, passando pela aceitação do convite de Tony Blair para
participar em Londres num debate sobre a Terceira Via.
Os factos demonstram que a evolução da conjuntura no Brasil,
contrariando a vaga esperança que a vitoria de Lula levantou, é
hoje acompanhada pelas forças progressistas com crescente e
justificada apreensão.
PERIGOS E FRAGILIDADES
Parece-me útil acrescentar algumas palavras sobre uma das questões
menos estudadas, mas nem por isso menos importantes, que pesam no
rumo e no desfecho das experiências que têm por cenário a América
Latina.
É uma questão que coloca em causa os homens ( e as mulheres) como
agentes da transformação das sociedades.
O problema ,aliás, é mundial e não apenas do Hemisfério.
Quem se propõe mudar os sistema económicos e sociais são
dirigentes com as fragilidades próprias da condição humana. Muitos
transformam-se ao longo da vida num sentido oposto à ideologia que
defendem.
No século passado essas metamorfoses politico-ideologicas foram
particularmente frequentes na esquerda . Não obedecem a um modelo
único.
Conheci deputados italianos que apoiaram o processo de destruição
do PCI, afirmando-se sempre como comunistas, mesmo depois de a sua
direcção haver renegado o marxismo, aderindo à social democracia .
Tinham uma percepção confusa dos acontecimentos. Em França, velhos
militantes do PCF acompanharam a «mutação» de Robert Hue
apreensivos, mas acreditando que as coisas iriam mudar para melhor
no Partido.
Vitali Vorotnikov ,no seu livro Mi Verdad(1) recorda que muitos
membros do Comite Central do PCUS discordavam do rumo imprimido à
Perestroika por Gorbatchov, mas não reagiam. A tradição segundo a
qual os dirigentes têm sempre razão e trabalhavam para bem do povo
inibia-os de actuar. Permaneciam mudos, embora angustiados.
Na América Latina, a rejeição do neoliberalismo e a pressão do
sentimento anti-imperialista permitiram as vitorias eleitorais que
,como já salientei, levaram à Presidência dirigentes com programas
progressistas, gerando uma vaga de esperança.
Independentemente da personalidade e capacidade dos presidentes,
produziu-se enato um fenómeno de grande complexidade.
Muitos políticos, técnicos e quadros partidários que durante anos
actuaram com espirito militante, na fidelidade aos princípios e
valores que conferiam significado á sua luta, são afectados quando
os seus partidos ou organizações deixam de ser oposição e se
tornam parcela do poder político, assumindo responsabilidades no
Estado.
Se o governo se desvia do programa inicial e envereda pelo caminho
das concessões, garantindo que assim procede por motivos tácticos
e que na altura própria retomará o seu projecto progressista-
numerosos quadros partidários enfrentam problemas de consciência.
E o seu comportamento não é uniforme. É um facto que a maioria
analisa e questiona uma orientação que choca as bases. São muitos
os matizes. Mas a tendência para aquilo que é fatal para qualquer
organização revolucionaria manifesta-se com frequência em quadros
que passaram a desempenhar funções no Estado . Quando começam a
justificar projectos e medidas injustificáveis do governo
,incompatíveis com a ideologia e a linha do seu partido, então,
por vezes sem tomarem consciência disso, iniciaram o caminho da
renuncia ao ideário revolucionário. Quando a evolução da historia
os faz abrir os olhos, pode ser tarde para eles e o seu partido.
OS LIMITES DA VIA INSTITUCIONAL
Nos últimos dois anos tentei sintetizar em diferentes artigos o
meu cepticismo quanto à possibilidade, no actual contexto
histórico , da transformação radical de sociedades do Terceiro
Mundo exclusivamente pela via institucional.
Significa isso que as forças progressistas devam renunciar à luta
pelo Poder, através dos canais disponíveis, usando os mecanismos
eleitorais e outros criados pelas burguesias para melhor atingirem
os seus objectivos.
Não, mil vezes não.
Mais de uma vez critiquei as posições de intelectuais como o
subcomandante Marcos e Ignacio Ramonet que atribuem um papel
subalterno à luta pelo poder e pela conquista do Estado .
Igualmente me distancio das teses do escossês John Holloway ,que
considero desmobilizadoras e neoanarquistas.
Estou convicto, pelo contrário, de que as forças consequentes da
esquerda se devem bater em todas as frentes legais . A nível
nacional e local .
Foram extremamente importantes as vitorias eleitorais alcançadas
nos últimos três anos . Elas demonstram que a política do Consenso
de Washington fracassou totalmente no Hemisfério. As grandes
derrotas infligidas às oligarquias apoiadas pelo imperialismo
traduziram uma importante alteração na relação de forças.
Foi correcto o apoio dos partidos e organizações de esquerda aos
candidatos vencedores .
No caso especifico da Venezuela o apoio a Chavez dessas forças não
é somente justificável, apresenta-se como um dever revolucionário
. O presidente da Venezuela cometeu muitos erros ao longo destes
três primeiros anos do seu mandato. Mas é um acto de justiça
reconhecer que, sobretudo desde o lock out, tem enfrentado com
muita firmeza e coragem a ofensiva permanente de uma direita
fanatizada que, com o apoio maciço do sistema mediático, tenta
derruba-lo. O país mais ameaçado pelo imperialismo – pela sua
riqueza em petróleo – é na América do Sul o unico que ousa recusar
sem rodeios a AlCA.
Chavez merece respeito por se situar na fronteira do possível no
seu diálogo com o gigante do Norte. Não é o que acontece com o
governo Lula. Obviamente que o Brasil não é a Venezuela . Mas
entre reclamar o fim do FMI ,como faz Chavez, e impor uma política
monetária como a de Lula, que recebe os elogios entusiásticos do
FMI e de Bush medeia uma distancia enorme .
A luta pela conquista de parcelas do poder no quadro institucional
- como a Presidência da Republica- deve ser permanente e ter como
objectivo ultimo abalar os alicerces do sistema capitalista ,
criar-lhe dificuldades, ampliando a participação das forças
populares através de medidas que atendam a aspirações
inquestionáveis – e nunca desenvolver políticas ambíguas que
fortalecem o sistema de exploração.
O cepticismo perante a via institucional como instrumento decisivo
para a transformaçao da sociedade não implica a conclusão de que a
alternativa seria a luta armada .
Colocar a questão nesses termos é uma atitude simplista.
O mundo atravessa uma crise de civilização sem precedente . A
irracionalidade da estratégia do sistema de poder imperial dos EUA
, de contornos neofascistas, ameaça a própria sobrevivência da
humanidade.
A resposta aos males da globalização capitalista terá de ser
também, por isso mesmo, também global (2) .
É nessa perspectiva que, na minha opinião, devemos encarar o
problema das lutas pelo Poder na América Latina. A resistência dos
povos do Iraque e do Afeganistão aos ocupantes estrangeiros, tal
como o combate contra o sionismo neonazi do estado de Israel são
inseparáveis da grande maré popular que na América Latina levou à
Presidência Chavez e Lula .
A via institucional, por si só, não atingirá as metas
transformadoras que se propõe. Mas pode e deve cumprir uma função
importantíssima - sem miragens esquerdistas nem concessões à
direita- se for orientada no sentido de abalar as bases do sistema
.
A mudança da relação de forças em curso na América Latina não se
manifesta, alias, somente em êxitos eleitorais. Kirchner não
estaria hoje na Casa Rosada sem a repulsa provocada pelas
políticas de Menem e De La Rua ,que mobilizaram as massas contra a
engrenagem exploradora. No Peru, na Bolívia, no Uruguai o povo
enfrenta com coragem governos tutelados por Washington . Em El
Salvador, a FMLN, o partido nascido de uma frente guerrilheira,
tem fortes possibilidades de levar à Presidencia,em Março de
2004,Shafick Handal, uma figura legendaria das esquerdas latino
americanas.
Cuba resiste há 44 anos a todos os esforços do Imperialismo para
destruir a sua Revolução.
E na Colômbia, uma guerrilha heróica ,transformada em Exercito do
Povo, faz a demonstração convincente de que a luta armada, em
determinadas circunstancias e lugares, não somente continua a ser
possível - o Iraque o Afeganistão reactualizam essa evidencia-
como pode representar um desafio para o qual o imperialismo não
tem solução.
Conclusão: as formas de luta e as vias para a conquista do poder
político e a transformação da sociedade não devem ser encaradas
como modelos excludentes, nem como receitas mágicas.
Neste ano dramático, a globalização das lutas contra o
imperialismo toma forma como imperativo da historia. E ela
desmente os profetas da direita. A era das grandes revoluções não
findou . Elas esboçam-se num futuro nevoento, sem datas.
__
1) Vitali Vorotnikov,Mi Verdad,487 pags,Ed Abril, La Habana, 1995.
Vorotnikov foi presidente do Conselho de Ministros da Federação
Russa e membro do Politburo durante a Perestroika .
2) Esta posição é aprofundada numa comunicação que apresentarei em
Santiago no Seminário Internacional que ali se realizará integrado
nos actos ligados ao 30º aniversário do golpe de 11 de Setembro de
73.
Havana, 23 de Agosto de 2003
https://www.alainet.org/pt/articulo/108244
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