Regime de Pepe Lobo responde com repressão às exigências do movimento popular

17/03/2011
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Em várias partes de Honduras, onde a resistência protestou, ontem (17/3), contra a aplicação de medidas neoliberais no país, fortes contingentes de policiais e militares reprimiram violentamente os manifestantes, com uso de gás lacrimogênio, tanques e tiros.
 
A coordenação da Frente Nacional de Resistência Popular convocou os militantes, simpatizantes e a todo o povo hondurenho a se somar na jornada de mobilizações que estavam programadas, em todo país, para esta quinta-feira. A jornada tinha como objetivo protestar contra a privatização da escola pública, contra a violação permanente de conquistas trabalhistas, contra o pacote de medidas econômicas adotadas pelo regime que acarretam no alto custo de vida, entre outras reivindicações.
                            
As ocupações nas estradas se deram de norte a sul do país. Desde as primeiras horas do dia, o povo hondurenho – magistério, pais de familia, estudantes, operários, camponeses e demais organizações que integram a FNRP – compareceram nos vários pontos de concentração.
 
Em contato telefônico com a Rádio Uno, uma profesora de San Pedro Sula, ao norte do país, fez a primeira denúncia de repressão; minutos depois, em Comayagua, cidade próxima a Tegucigalpa, a manifestação pacífica era violentamente desmobilizada pelas forças represivas do estado, lançando grandes quantidades de gás lacrimogênio e atirando contra a população indefesa. As tropas, auxiliadas por uma avioneta da força aérea hondurenha, perseguiram os manifestantes que tratavam de escapar da polícia. Como consequência da repressão, um pai de família foi atingido por uma bala, vários manifestantes foram feridos e mais de 50 foram presos.
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