Brasil precisa de uma reforma agrária urgente!

02/09/2003
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Diante da mudança da presidência do INCRA vimos a público manifestar que: 1. A mudança da presidência do INCRA faz parte da natureza do governo e é de sua responsabilidade escolher os servidores em cada função, já que são cargos de confiança. Manifestamos nosso respeito pelo presidente demissionário. 2. O MST sempre manteve e manterá sua autonomia em relação ao governo. 3. Defendemos a necessidade de uma Reforma Agrária como política prioritária de governo. O povo elegeu o presidente Lula para fazer mudanças no atual modelo agrícola. 4. Defendemos uma Reforma Agrária que seja um instrumento para resolver os graves problemas do desemprego, da fome e da pobreza no meio rural. 5. Para isso precisamos de uma Reforma Agrária popular, que represente a democratização do acesso a terra com a desapropriação de todos os latifúndios improdutivos, conforme determina nossa Constituição Federal. Defendemos a implantação de agroindústrias casadas com a Reforma Agrária, a democratização da educação no meio rural e um novo modelo tecnológico e de assistência técnica, adequado à agricultura familiar e cooperativada. 6. Os compromissos históricos do Partido dos Trabalhadores e demais partidos de esquerda que ganharam as eleições, e do próprio presidente Lula, expressos em Vida Digna no Campo, documento de campanha, coincidem com nossa proposta de Reforma Agrária e temos confiança que continuam vigentes. 7. Esperamos que o Governo adote as medidas necessárias, quer sejam orçamentárias e/ou administrativas, para que a Reforma Agrária seja, de fato, uma prioridade. 8. De nossa parte, como movimento social, seguiremos com nossa tarefa principal, que é conscientizar e organizar os trabalhadores para seguir lutando pela Reforma Agrária. São Paulo, de 03 de Setembro de 2003.
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