O Governo Bolsonaro e a Plenitude do Agronegócio
- Opinión
O futuro presidente da República assumirá o governo num contexto de aprofundamento dos problemas históricos e das tensões sociais que marcam a realidade agrária brasileira. A propósito, a própria eleição de Bolsonaro serviu de combustão ao clima de tensão social no campo, pela virulência dos discursos do candidato que encorajou atitudes equivalentes por parte de setores da extrema direita rural.
Vale assinalar que o atual quadro agrário nacional é fruto de processo histórico que culminou com a hegemonia superlativa do agronegócio no Brasil. No entanto, esse quadro foi agravado desde o golpe de 2016 com a paralisação do programa de reforma agrária; com as políticas negativas para as populações indígenas e quilombolas; e com a fragilização (ou extinção em alguns casos) dos vários programas de apoio à economia camponesa. Ou seja, desde Temer ocorreu o abandono das contramedidas conquistadas ou ampliadas desde os governos do PT, que em algum grau protegiam os segmentos sociais das áreas rurais mais vulneráveis à expansão do agronegócio.
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