Moro revela o acordão para acabar com a Lava-Jato depois do impeachment
- Opinión
“Moro sonha com o fim da Lava Jato até dezembro” – este é o título da reportagem do Estado de S. Paulo desta quinta-feira 14 de abril. Esta é a primeira vez, desde o início da Lava-Jato, que uma autoridade da força-tarefa prevê a conclusão da Operação num prazo tão curto.
O justiceiro Moro, decerto confiante na aprovação do impeachment da Presidente Dilma na Câmara dos Deputados, antecipa o que já era uma suspeita: a Lava Jato é uma investigação partidarizada e direcionada para destruir o governo Dilma, Lula e o PT.
O combate seletivo à corrupção foi um mero pretexto para desestabilizar o governo, tumultuar o ambiente político e incendiar o país.
Moro parece agir como define o filósofo e jurista italiano Norberto Bobbio: o “fascista fala o tempo todo em corrupção”, “acusa, insulta, agride como se fosse puro e honesto”, mas, no fundo, “é apenas um criminoso, um sociopata que persegue carreira política”. Na opinião de Bobbio, “mais que corrupção, o fascista pratica a maldade”.
Moro confirma o que já se desconfiava: no dia seguinte ao impeachment conduzido pela dupla Temer-Cunha, a Lava-Jato acaba. Com isso, o suposto combate à corrupção encerra e todos os verdadeiros criminosos, os réus-deputados que vão destituir Dilma, serão perdoados.
Moro prova definitivamente que o impeachment é um golpe de Estado, uma farsa promovida pela classe dominante para acabar com as conquistas e os direitos do povo brasileiro. Moro confessa que a Lava-Jato foi a ferramenta suja para atingir este objetivo.
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