Força e organização das mulheres
07/03/2014
- Opinión
O 8 de março, o Dia Internacional de Luta das Mulheres, é a principal agenda do calendário feminista e alcançou, de fato, um caráter mundial. Sua história tem a marca da luta das mulheres que atuaram com determinação para unir feminismo e socialismo.
Essa legitimidade é atacada de forma permanente, com as tentativas de tirar seu sentido de luta e transformá-lo em mais um dia de homenagens, sem consistência e que reforça o sexismo.
A Marcha Mundial das Mulheres atua com determinação para reforçar seu caráter de luta. São mulheres de todas as regiões do mundo que constroem uma agenda de ações comuns que enfocam o caráter estruturante do patriarcado nas relações sociais. As várias batalhas e vitórias feministas não se concluíram, porque o patriarcado continua, assim como sua intersecção com o capitalismo, o racismo, o colonialismo. Essas questões redefinem padrões de controle do trabalho, do corpo e da sexualidade das mulheres. E ainda cooptam e ressignificam parte do discurso construído pelo feminismo, o que traz mais desafios.
Um exemplo é a cooptação liberal do que o feminismo trouxe com a consigna “Nosso corpo nos pertence”. Hoje tentam transformar essa posição revolucionária em um discurso liberal de “meu corpo é meu negócio”.
Da mesma forma é a questão da violência patriarcal, que talvez seja a agenda mais incorporada e objeto de políticas públicas. Mas os números ainda assustam. Muitos crimes ainda não são denunciados, em particular, o estupro e o abuso de crianças, de todas as classes sociais, por pais, tios e irmãos.
No 8 de março de 2014 seguimos em marcha para construir um projeto que garanta igualdade para todas as mulheres, numa sociedade de mulheres e homens livres e iguais, sem discriminação de raça/etnia e com um livre exercício da sexualidade.
- Nalu Faria é coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil e da Remte (Rede Latino-americana Mulheres Transformando a Economia)
Essa legitimidade é atacada de forma permanente, com as tentativas de tirar seu sentido de luta e transformá-lo em mais um dia de homenagens, sem consistência e que reforça o sexismo.
A Marcha Mundial das Mulheres atua com determinação para reforçar seu caráter de luta. São mulheres de todas as regiões do mundo que constroem uma agenda de ações comuns que enfocam o caráter estruturante do patriarcado nas relações sociais. As várias batalhas e vitórias feministas não se concluíram, porque o patriarcado continua, assim como sua intersecção com o capitalismo, o racismo, o colonialismo. Essas questões redefinem padrões de controle do trabalho, do corpo e da sexualidade das mulheres. E ainda cooptam e ressignificam parte do discurso construído pelo feminismo, o que traz mais desafios.
Um exemplo é a cooptação liberal do que o feminismo trouxe com a consigna “Nosso corpo nos pertence”. Hoje tentam transformar essa posição revolucionária em um discurso liberal de “meu corpo é meu negócio”.
Da mesma forma é a questão da violência patriarcal, que talvez seja a agenda mais incorporada e objeto de políticas públicas. Mas os números ainda assustam. Muitos crimes ainda não são denunciados, em particular, o estupro e o abuso de crianças, de todas as classes sociais, por pais, tios e irmãos.
No 8 de março de 2014 seguimos em marcha para construir um projeto que garanta igualdade para todas as mulheres, numa sociedade de mulheres e homens livres e iguais, sem discriminação de raça/etnia e com um livre exercício da sexualidade.
- Nalu Faria é coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil e da Remte (Rede Latino-americana Mulheres Transformando a Economia)
07/03/2014
https://www.alainet.org/pt/articulo/83780?language=en
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