Venezuela, a causa humana

23/08/2019
  • Español
  • English
  • Français
  • Deutsch
  • Português
  • Opinión
-A +A

Teve O Libertador Simon Bolívar a visão histórica da união americana. Colombeia não cristalizou por imaturidade dos participantes nas lutas emancipatórias. Divididos, não compreenderam a importância da união em bloco frente o inimigo comum: Inglaterra e sua filha predileta, os EUA.

 

Insistiu nos vínculos supranacionais de todas e cada uma das nascentes Repúblicas. A liberdade devia se apoiar no todo americano, coletivizar América, tendo em conta a americanidade, elemento determinante das pátrias americanas, forjadas a sangue e fogo em meio da anarquia popular e a prepotência dos grandes. (Pérez Arcay).

 

O processo emancipador Latinoamericano deslocado com a morte de Chávez e as consequentes persecuções judiciais, financeiras e comerciais: a outra volta do parafuso do neoliberalismo selvagem e a demolição dos Estados-Nação. Re-unidos na Venezuela, os povos coincidem em defender a causa humana.

 

Existem duas integrações: a de Chávez, que aprofunda a liberação humana e outra perversa, a globalização, que desintegra, saqueia e traz de volta os povos aos tempos de escravidão. Esta última, destrói nossas Constituições e impõe sistemas injustos. Com neologismos como “cidadania transfronteiriça”, nos liquidificam e homogeneízam. A luta dos movimentos sociais deve compreender e evitar estas novas formas de dominação.

 

Se estivermos separados, nunca enfrentaremos o poder das elites e suas estratégias de controle global. Devemos nos unir e deter a destruição. Organizar redes de meios alternativos, harmonizar nossas constituições em função da proteção dos povos, aprofundar a união cívico-militar e a defesa mútua, denunciar as violações de Direitos Humanos das corporações, lutar pela igualdade entre nações, proteger a soberania.

 

Que seria daqueles que nos bloqueiam, financeira e comercialmente, se 300 milhões de pessoas aprovam legislações que ataquem o capital e seu domínio de patentes, boicotam a compra de produtos de suas corporações e, em castigo à banca usurária, impõe um novo sistema bancário e de intercâmbio?

 

Esse deve ser o saldo favorável das Cúpulas e Fóruns onde participem nós que sonhamos um mundo melhor. Empreender ações concretas que digam, Basta! É hora de que a corporatocracia mundial nos respeite.

 

 

- María Alejandra Díaz é advogada constitucionalista venezuelana, integrante da Assembleia Nacional Constituinte (ANC).

 

Tradução: Anisio Pires

 

 

https://www.alainet.org/pt/articulo/201751?language=en

Del mismo autor

Subscrever America Latina en Movimiento - RSS