Greve de fome
- Opinión
Neste dia 31 de julho um coletivo de militantes selecionado entre as organizações da Via Campesina do Brasil, iniciam um processo de greve de fome, como um ato extremo, com objetivo de denunciar o retorno da pobreza no Brasil, como consequência do golpe jurídico-parlamentar que hoje governa o Brasil, e as consequências do golpe para o Brasil e o povo brasileiro, como o aumento da fome, da miséria, da violência e desemprego. Cerceamento da democracia com a violação do estado democrático de direito. E exigir a retomada da democracia, liberdade do Presidente Lula.
Militantes dos movimentos sociais de vários estados brasileiros, estamos em Brasília em greve de fome, como forma de protesto político por tempo indeterminado, tendo, como condição básica a liberdade do presidente Lula. Que hoje completa 116 dias de se encarceramento, como uma medida do Golpe para desconstruir publicamente sua liderança e sua representatividade perante a sociedade Brasileira e impedir legalmente ( via lei da ficha Limpa) que Lula possa ser candidato a presidente, mas eleições de outubro deste ano.
O estabelecimento do golpe de estado, do golpe à democracia e das políticas implementadas pelo governo golpista, que causam o retorno da miséria e da fome ao povo brasileiro, são fatores determinantes para a tomada desta decisão. Trata-se de um sacrifício para sensibilizar as autoridades e evitar maiores prejuízos à sociedade e aos mais pobres, bem como a defesa da sofrida democracia brasileira que a cada período histórico, em que se estabelece um governo com programa um pouco mais voltado a construção do Brasil como nação, é golpeada a serviço dos interesses internacionais do capitalismo.
Para a retomada da democracia, do estado de direito e das garantias constitucionais, é fundamental a liberdade do ex-presidente Lula, submetido a uma série de injustiças e fraudes processuais, preso político e impedido de exercer livremente a sua defesa e de realizar a campanha eleitoral, como pré candidato a presidente da republica.
Convocado pela direção do MST e pela Via Campesina Brasileira, me coloquei a disposição para ser um dos componentes, a realizar esta grave de fome em defesa de Lula e em defesa do povo brasileiro, como soldado desta luta e desta causa, disposto a qualquer consequência.
Abraço a todas e todos
Brasília, 31 de julho de 2018
- Jaime Amorim é dirigente nacional do MST e membro da comissao internacional da Via Campesina.
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