Álvaro García Linera responde sobre ONGs na Bolívia
- Opinión
Tendo recebido uma carta com denuncias sobre suposta repressão a ONGs que atuam na Bolivia, o vice presidente Álvaro García Linera lhe respondeu com longa carta, em que esclarece o tipo de ação desse tipo de organização na Bolívia e a realidade sobre a atuação do governo desse pais.
Esclarece, antes de tudo, o vice presidente, que é falsa a acusação de que haveria risco de repressão sobre essas ONGs da Bolivia: “... nem agora, nem em nenhum momento anterior, se colocou seu fechamento, expulsão ou restrição de algum tipo de suas atividades”. “Vocês sabem perfeitamente que a liberdade de expressão e de associação não apenas constituem direitos civis, mas representam componentes indissolúveis da vida, da história e do desenvolvimento das sociedades democráticas, das organizações e dos movimentos sociais.”
Nesse marco, adverte Álvaro: “4 ONGs (Milenio, CEDIB, Fundacion Tierra e CEDLA) mentem e camuflam seu ativismo político e reacionário sob o manto de atividade ‘não governamental’”, em que “...estão desempenhando o papel de substitutos dos partidos políticos da direita”. Mas não há nenhuma ação contra elas. “Nesse sentido, aos que eu preveni e adverti com a expulsão, são organismos internacionais, ONGs e governos estrangeiros que financiam e se envolvem em atividades políticas contrárias aos interesses do Estado Plurinacional da Bolívia e o processo revolucionário que se vem desenvolvendo nos últimos dez anos.”
“Esta é a razão principal pela qual decidimos – como governo soberano – expulsar: o FMI dos escritórios privados que tinham no Banco Central da Bolívia; a CIA, que tinha escritórios no Palácio de Governo; o corpo militar norteamericano, que tinha sua base extra territorial em um aeroporto da Amazônia boliviana; à USAID e o embaixador dos EUA, que conspirava junto a grupos separatistas de extrema direita.”
“Vocês se alarmaram porque lhes disseram que eu tinha proposto sua expulsão. Nada mais falso! Aos que adverti com a expulsão do país são organismos estrangeiros que se intrometem em atividades que afetam a soberania do Estado Plurinacional da Bolivia.” “Lamento profundamente que tenham sido usados por essas 4 ONGs na sua tentativa de simular uma imagem autoritária de – vocês bem sabem – um dos países democráticos do mundo. No entanto, se o que está atrás desse passo errado é sua boa vontade para discutir horizontes revolucionários ou progressistas para o nosso país e o mundo, bem vindos como sempre.”
18/08/2015
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