Sobre clones e robôs
01/02/2006
- Opinión
Quem se der ao trabalho de observar o movimento das mãos de William Homer Simpson Bonner, apresentador do JORNAL NACIONAL, vai chegar à inevitável conclusão que se trata de um robô. Tudo pesado, medido, ou seja, dirigido segundo os cânones do que o jornalista Mário Augusto Jakobskind chama de “fábrica de verdades”.
Deve ser coisa de Steve Spielberg. Com toda a certeza a pedido de Bil Gates, para agradar os Marinhos, desenvolveu um robô próximo da perfeição, que, no caso, teria aparência de humano a um ponto tal que humano parece. Ou induz as pessoas a pensarem que é.
Em tempos idos o médico nazista Joseph Mengele andou por aqui, até morreu em terras brasileiras, embora alguns profissionais do holocausto insistam em dizer que é possível que esteja vivo e tenha sido um despiste, um clone. O Mengele morto
Mengele, sem sombra de dúvidas, desenvolveu experiências em nosso País, todas patrocinadas por bancos e latifúndios, na verdade banqueiros e latifundiários são clones montados em Wall Street e na pré-história, nessa ordem. Mengele, por exemplo, conseguiu montar o senador Jorge Bornhausen. Quase que a imagem e semelhança do “pai” Adolf.
Quem acha que o monstro de Ness não existe é porque não veio ao Brasil e não percebeu que a criatura migrou por lençóis subterrâneos de água, isso há séculos, não viu ainda um latifundiário. Os que mataram Chico Mendes. É só olhar e identificar a misteriosa criatura disfarçada em gente. Já em fase de mutação.
Um dos fracassos nas experiências de Mengele acabou resultando no senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná. O cara tenta de todas as formas possíveis passar a imagem de defensor da coisa pública e o máximo que conseguiu foi um ator de quinta categoria, para dar uma bengalada no ex-ministro José Dirceu, à guisa de cidadão indignado.
Há clones e robôs por todos os lados e a política parece, parece não, foi o campo preferido do médico nazista, como é o de Wall Street. Bonner é a consumação do papel exercido pela mídia, o de vender um mundo de imaginação, Big Brother. E olha que mundo de imaginação é bondade.
Quando não humanos que são transformados em x-man. Caso de FHC. O “príncipe” é o produto pronto e acabado do sujeito que parece de carne e osso, mas é feito de madeira de lei, aquela que roubam na Amazônia. Transformação realizada durante o exílio voluntário, quando foi, com polpuda aposentadoria, brincar de intelectual de esquerda.
A OPUS DEI vive lançando no mercado gente que parece gente mas não é. Caso de Alckimin. É só um terno jaquetão. Fabricado sob medida nas oficinas da DASLU. Sem nota ainda por cima.
João Paulo II foi um dos principais produtos da turma do escrivão. A cena do dito cujo colocando uma coroa de flores em túmulo de nazistas, ele e Reagan é definitiva. Ou a bronca que deu de público no cardeal Romero da Nicarágua. No melhor estilo bronca treinada, ensaiada para ser vista pela mídia como de fato foi, na forma de indignação de um “santo”. Marcinkus e o Banco do Vaticano por trás.
Lula não chega a ser nem um clone e nem um robô. É um Pinóquio que Gepeto não conseguiu controlar. Um boneco de madeira. O nariz só não cresce, pois aí sim, foi aperfeiçoado nos laboratórios de Duda Mendonça. E no meio do caminho não apareceu nenhuma fada para segurar as pontas.
José Serra é mistura de ambos. Ora age como robô, ora age como clone, na maioria das vezes sem controle algum do fabricante. Sofre de serrite aguda, como FHC, de fernandite aguda. São aqueles que acreditam que fora deles não existe salvação.
Seria necessário que o Brasil conhecesse, no entanto, uma figura bem menor, mas nem por isso menos significativa nesse emaranhado. O prefeito da cidade mineira de Juiz de Fora, Alberto Bejani. O cara sofre de ejaculação precoce e acredita que mandato de prefeito é extensão do símbolo fálico.
Tem mania de George Bush. Um monte de segurança para todos os lados. Agora, ao decretar um aumento nas tarifas de serviços de transportes coletivos urbanos, ganhou de presente de uma empresa um carro blindado. Tudo sem licitação, sem nada, acrescentou o carro ao seu patrimônio pessoal, com placa da Prefeitura, uma tal confusão que os modelos colocados no mercado estão longe da perfeição, ou de terem garantia, exceto para os proprietários. No caso do prefeito de Juiz de Fora, o proprietário é Clésio Andrade.
Esse mundo institucional não tem perspectivas. Nem tem saídas, ou alternativas. Washington Luís, em tempos idos, antes de ser deposto por Vargas, dizia que “ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”.
Aí é que está o pulo do gato. Ou se deixa de lado esse negócio de mundo institucional, das leis burguesas, feitas para proteger as elites, ou simplesmente Michel Temer, tucano com o cargo de presidente do PMDB, vai dizer que o partido está aberto a Nelson Jobim.
Em nenhum momento da história do STF (Supremo Tribunal Federal), a corte foi tão achincalhada por um presidente de fancaria. Cismou agora, publicamente, que quer ser presidente da República. No duro mesmo quer é ser vice de Lula.
Jobim não é nem clone e nem robô. É o feitor da fábrica.
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