Cúpula do Clima cria acordo para acabar com o desmatamento até 2030
23/09/2014
- Opinión
Reprodução
O acordo para redução do desmatamento das florestas no mundo foi um dos principais resultados da Cúpula do Clima, que acontece nesta terça-feira (23), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA). A declaração prevê reduzir pela metade o desmatamento no planeta até 2020 e zerá-lo até 2030.
De acordo com o G1, os defensores do acordo querem cortar entre 4,5 bilhões de toneladas e 8,8 bilhões de toneladas de carbono por ano com a redução do desmatamento até 2030. Além disso, Reino Unido, Alemanha e Noruega se comprometeram em doar nos próximos anos o equivalente a R$ 2,7 bilhões para países com iniciativas voltadas à contenção do desmatamento.
Chefes de Estado, de governo e representantes de 125 países foram convocados pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o "engajamento internacional" - em prol da preservação ambiental e da redução dos efeitos das mudanças climáticas.
Em seu discurso, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a determinação do Brasil em enfrentar as alterações no clima não se limita à conservação da Amazônia. Ela destacou ainda medidas adotadas pelo governo brasileiro nos últimos anos para reduzir o desmatamento não somente na região amazônica, mas também no cerrado.
A presidente defendeu que as iniciativas da comunidade internacional para enfrentar os problemas climáticos sejam "justas, ambiciosas, equilibradas e eficazes".
Maior protesto já promovido
As pressões de movimentos e organizações sociais para a Cúpula de Líderes pelo Clima começaram no domingo (21). Diversos países de quatro continentes foram às ruas para realizar uma grande mobilização global.
Somente em Nova York, cerca de 310 mil pessoas participaram do ato (foto), intitulado Flood Wall Street (Inunde Wall Street), que tentou bloquear a Wall Street. Os participantes se reuniram em um parque antes de se dirigirem para o distrito financeiro.
As caminhadas pelo Clima pediram ainda a diminuição de emissões de carbono - um dos pontos mais difíceis de consenso entre os países - desde a última conferência sobre o tema, realizada em Copenhague, na Dinamarca, em 2009.
23/09/2014
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