Haiti, mon pays
27/06/2008
- Opinión
"Haiti, meu país
Mãe ferida que eu nunca verei.
Minha família me libertou.
Atire minhas cinzas ao mar."
Há mais de quatro anos a intervenção militar assombra o país caribenho, e embora a mídia jorre todos os dias notícias, ainda existe uma grande divergência sobre o cenário atual.
"Meus primos que nunca nasceram assombram as noites de Duvalier.
Nada para nossos espíritos.
Armas não podem matar o que soldados não conseguem ver."
País assombrado pelos bichos papões comedores de gente. A boca do jacaré quer engolir algo, mesmo que sejam seus próprios filhos. Suas merdas serviram de alimento para quem? Os fantasmas continuam a assolar a ilha.
"Na floresta estamos escondidos.
Covas sem identificação onde flores nascem.
Escute os soldados berrando.
Para o rio nós iremos."
Sopra no ar, além do cheio da cozinha do inferno, um forte aroma de receio sobre a atuação da MINUSTAH (acrônimo em francês de Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti)
Estabilização?
Um jornal brasileiro mostrou uma matéria sobre a ilha, onde afirma que a presença militar brasileira (o Brasil lidera a missão) é vista como esperança para um povo que nunca perdeu o riso, porem seus rios, suas florestas não continuam lá... Como reflete um habitante local na reportagem "_ O Brasil é bonito, aqui também era bonito"
Do outro lado temos a RadioMundoreal.fm publicou matéria em que a realidade torna se bem diversa. Ela registra que durante a ultima visita do presidente Lula um grupo de organizações haitianas divulgou uma carta endereçada ao presidente brasileiro.
Carta:
""Nela, afirmam que a presença de militares representa uma "gigantesca bofetada" para o povo haitiano e seus ancestrais, que lutaram para deixar um "território liberado de toda dominação estrangeira". Os grupos locais enviaram sua mensagem ao presidente em nome de "toda as pessoas caídas pelas balas criminais dos seus soldados nos bairros populares". A carta afirma: "Pedimos-lhe, Senhor Presidente, que proceda imediatamente a retirar suas tropas armadas de nosso país""
Será ouvido esse pedido...
Suas rezas serão atendidas?
No passado os gritos contra Papa Doc eram?
Todos os natimortos formam um exército.
Em breve nós vamos recuperar a Terra.
Todas as lágrimas e corpos
Acarretam nosso renascimento.
Duvidas!
É claro ver as opiniões representarem uma colcha de retalhos, no caso, o povo retalhado haitiano sofre, e nós por aqui temos nossos sentidos remexidos diante da aparente falta de clareza sobre o assunto, ou seria clareza demais... Será que está tão na cara assim!
Como uma pichação no muro... "Viva Adriano, abaixo Ribeiro".
Não há consentimento em relação ao Haiti, e quando escrevo essa palavra, penso nos sentimentos daquele povo;
Uma nação não pode:
Subjulgada
Subnutrida
Subtraída a retratos e índices parcos.
A soberania do povo foi jogada no lixo!
Haiti, nunca livre, não tenha medo de soar o sino.
Suas crianças se foram.
Naqueles dias o sangue delas ainda estava quente.
A incerteza vai prosseguir, mas de certo fica que o povo haitiano continua sofrendo.
Thiago "Plaz" Mendes.
Letra : Árcade fire (Haiti)
Fontes : Radiomundoreal.fm.
Mãe ferida que eu nunca verei.
Minha família me libertou.
Atire minhas cinzas ao mar."
Há mais de quatro anos a intervenção militar assombra o país caribenho, e embora a mídia jorre todos os dias notícias, ainda existe uma grande divergência sobre o cenário atual.
"Meus primos que nunca nasceram assombram as noites de Duvalier.
Nada para nossos espíritos.
Armas não podem matar o que soldados não conseguem ver."
País assombrado pelos bichos papões comedores de gente. A boca do jacaré quer engolir algo, mesmo que sejam seus próprios filhos. Suas merdas serviram de alimento para quem? Os fantasmas continuam a assolar a ilha.
"Na floresta estamos escondidos.
Covas sem identificação onde flores nascem.
Escute os soldados berrando.
Para o rio nós iremos."
Sopra no ar, além do cheio da cozinha do inferno, um forte aroma de receio sobre a atuação da MINUSTAH (acrônimo em francês de Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti)
Estabilização?
Um jornal brasileiro mostrou uma matéria sobre a ilha, onde afirma que a presença militar brasileira (o Brasil lidera a missão) é vista como esperança para um povo que nunca perdeu o riso, porem seus rios, suas florestas não continuam lá... Como reflete um habitante local na reportagem "_ O Brasil é bonito, aqui também era bonito"
Do outro lado temos a RadioMundoreal.fm publicou matéria em que a realidade torna se bem diversa. Ela registra que durante a ultima visita do presidente Lula um grupo de organizações haitianas divulgou uma carta endereçada ao presidente brasileiro.
Carta:
""Nela, afirmam que a presença de militares representa uma "gigantesca bofetada" para o povo haitiano e seus ancestrais, que lutaram para deixar um "território liberado de toda dominação estrangeira". Os grupos locais enviaram sua mensagem ao presidente em nome de "toda as pessoas caídas pelas balas criminais dos seus soldados nos bairros populares". A carta afirma: "Pedimos-lhe, Senhor Presidente, que proceda imediatamente a retirar suas tropas armadas de nosso país""
Será ouvido esse pedido...
Suas rezas serão atendidas?
No passado os gritos contra Papa Doc eram?
Todos os natimortos formam um exército.
Em breve nós vamos recuperar a Terra.
Todas as lágrimas e corpos
Acarretam nosso renascimento.
Duvidas!
É claro ver as opiniões representarem uma colcha de retalhos, no caso, o povo retalhado haitiano sofre, e nós por aqui temos nossos sentidos remexidos diante da aparente falta de clareza sobre o assunto, ou seria clareza demais... Será que está tão na cara assim!
Como uma pichação no muro... "Viva Adriano, abaixo Ribeiro".
Não há consentimento em relação ao Haiti, e quando escrevo essa palavra, penso nos sentimentos daquele povo;
Uma nação não pode:
Subjulgada
Subnutrida
Subtraída a retratos e índices parcos.
A soberania do povo foi jogada no lixo!
Haiti, nunca livre, não tenha medo de soar o sino.
Suas crianças se foram.
Naqueles dias o sangue delas ainda estava quente.
A incerteza vai prosseguir, mas de certo fica que o povo haitiano continua sofrendo.
Thiago "Plaz" Mendes.
Letra : Árcade fire (Haiti)
Fontes : Radiomundoreal.fm.
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