Organizações da juventude fazem audiência com a presidenta Dilma

03/04/2013
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Mobilizados desde o dia 25 de março, jovens querem pressionar o governo federal por mudanças estruturais. Atividades vão até o dia 11 de abril
 
Nesta quinta-feira (4), representantes das organizações do campo e da cidade, jovens de vários movimentos sociais e estudantis que articulam a Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira terão uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff, às 15h, no Palácio do Planalto.
 
A jornada organizada por mais de 40 entidades defende mudanças estruturais na sociedade brasileira, como o financiamento público da educação para sua universalização em todos os níveis, o fim do extermínio da juventude nas grandes cidades, sobretudo negra, a democratização dos meios de comunicação, garantia de trabalho decente, reforma política democrática e a Reforma Agrária. Logo depois da audiência, será realizada uma entrevista coletiva para fazer um balanço da reunião.
 
“A jornada da juventude brasileira camponesa e urbana é fundamental para pressionar o governo às mudanças estruturais necessárias para o país”, afirma Raul Amorim, da Coordenação Nacional do Coletivo de Juventude do MST. "Vamos colocar para a presidenta a nossa disposição de intensificar a organização e a luta para enfrentar os setores conservadores que combatem as mudanças sociais no Brasil", diz o dirigente do MST.
 
A juventude brasileira se une para avançar nas mudanças e conquistar mais direitos, pressionando pela realização de reformas estruturais que garantam um projeto de desenvolvimento social no Brasil. Participam da audiência MST, CUT, UNE e Levante Popular da Juventude, entre outras entidades que integram a jornada (veja lista completa abaixo).
 
Na audiência, o MST defenderá a realização de uma reforma política que garanta o financiamento público de campanhas eleitorais e a regulamentação de plebiscitos e referendos, a apresentação do marco regulatório da mídia, pautar políticas públicas para meios de comunicação alternativos que representem a pluralidade da sociedade, denunciar a repressão às rádios comunitárias no campo e nas cidades e do jornalismo independente, como a condenação do jornalista Luis Carlos Azenha, em processo aberto por Ali Kamel na Justiça do Rio de Janeiro.
 
Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), avalia que “a unidade da juventude em forjar uma pauta nacional que inclui diversas bandeiras, valoriza os últimos 10 anos de trabalho e alavanca um novo fôlego para a realização de mudanças profundas no país”.
 
Entre os grandes consensos dos movimentos – que reúne estudantes, jovens da cidade e do campo, trabalhadores, feministas, juventudes partidárias e ecumênicas, coletivos LGBT, de cultura, meio ambiente e das periferias – está a necessidade de investimento na área da educação pública, com a destinação de 10% do PIB, 50% do fundo social do Pré-sal e 100% dos royalties do petróleo exclusivamente para o setor.
 
De acordo com Alfredo Júnior, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), "a jornada é um marco histórico fundamental da construção da unidade. É a primeira vez que as entidades conseguem unificar uma pauta tão diversa, o manifesto da juventude brasileira é resultado deste processo”.
 
Segundo Paulo Henrique, do Levante Popular da Juventude, "essa jornada de luta representa um momento histórico importante, pois expressa um momento diferenciado da conjuntura na qual se percebe uma maior disposição da classe trabalhadora em lutar pelos seus direitos e um protagonismo muito grande da juventude”.
 
A Jornada Nacional da Juventude Brasileira, que é composta por mais de 40 organizações nacionais, somará protestos em 16 capitais. Desde 25 de março, foram realizadas manifestações em São Paulo, Brasília, Minas Gerais, Paraná, Porto Alegre, Sergipe, Ceará, Manaus, Piauí e Goiás
 
 
 
Quem participa da Jornada
 
Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT); Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG); Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP); Associação Cultural B; Centro de Estudos Barão de Itararé; Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM); CONEM; Consulta Popular; ECOSURFI, Coletivo Nacional de Juventude Enegrecer, Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), Federação Paulista de Skate, Fora do Eixo, Juventude da CTB, Juventude da CUT, Juventude da Contag, Juventude do PSB, Juventude do PT, Juventude Pátria Livre; Levante Popular da Juventude; Marcha Mundial das Mulheres; Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); Nação Hip Hop Brasil; Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), Rede Ecumênica da Juventude (REJU); Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade (REJUMA); União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES); União Brasileira de Mulheres (UBM), União da Juventude Socialistas (UJS); União Nacional dos Estudantes (UNE); Via Campesina.
 
Fonte: MST  www.mst.org.br
https://www.alainet.org/es/node/75072
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