Marcha do MST debate milho transgênico em SC
15/04/2008
- Opinión
Cerca de 500 agricultores do Oeste catarinense marcham, desde segunda-feira (14), em direção à cidade de Chapecó. A atividade integra a jornada de lutas do Movimento Sem Terra (MST) realizada em todo o país em Abril para marcar os 12 anos do massacre de Eldorado dos Carajás. Neste ano, os agricultores também reivindicam o assentamento imediato das 150 mil famílias acampadas em todo o país, crédito específico para a produção agrícola e para habitação nos assentamentos e mais investimento em assistência técnica.
No entanto,em Santa Catarina , os agricultores abordam um tema específico: o plantio de milho transgênico na região Oeste. A integrante da direção do MST, Andréia Borges, relata que agricultores já contrabandeavam e plantavam a semente antes de ser liberada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) neste ano, o que tornava a prática ilegal.
Mas a preocupação aumentou com a compra da empresa Agroeste, com sede em Xanxerê, pela transnacional de sementes Monsanto. Andréia teme que o assédio da empresa para que os pequenos agricultores e assentados utilizem o milho transgênico seja ainda maior.
“A gente tem uma realidade muito grande do pínus e agora o milho transgênico. Aqui é uma região de agricultura camponesa forte e o milho é muito presente aqui. Nós já sabemos de agricultores que colheram milho transgênico aqui na região. E agora a nossa preocupação aumenta mais com a vinda da Monsanto”, diz.
As famílias saíram nesta segunda-feira de Xanxerê e marcharam por19 km até Xaxim, onde passaram a noite de terça-feira (15) em um ginásio. A estimativa é de que os sem terra cheguem na entrada de Chapecó nesta quarta, onde devem acampar. Na quinta-feira, dia 17, os agricultores chegam no centro da cidade e realizam manifestações. Durante a marcha, os sem terra têm feito debates com a comunidade para abordar a pauta de reivindicações e a questão do milho transgênico.
- Raquel Casiraghi
Agência de Notícias Chasque
No entanto,
Mas a preocupação aumentou com a compra da empresa Agroeste, com sede em Xanxerê, pela transnacional de sementes Monsanto. Andréia teme que o assédio da empresa para que os pequenos agricultores e assentados utilizem o milho transgênico seja ainda maior.
“A gente tem uma realidade muito grande do pínus e agora o milho transgênico. Aqui é uma região de agricultura camponesa forte e o milho é muito presente aqui. Nós já sabemos de agricultores que colheram milho transgênico aqui na região. E agora a nossa preocupação aumenta mais com a vinda da Monsanto”, diz.
As famílias saíram nesta segunda-feira de Xanxerê e marcharam por
- Raquel Casiraghi
Agência de Notícias Chasque
https://www.alainet.org/es/node/126977
Del mismo autor
- A tragédia anunciada em Santa Catarina 03/12/2008
- O mito da degola da Praça da Matriz 12/08/2008
- Polícia impede manifestação contra Yeda e deixa 12 feridos 11/06/2008
- Deputados denunciam sofrer ameaças de ruralistas 08/05/2008
- Marcha do MST debate milho transgênico em SC 15/04/2008
- No RS, sem-terra prosseguem marcha por fazenda Coqueiros 16/10/2007
- Árvore transgênica, a bola da vez 17/04/2006
- Indígenas, terra e território 09/03/2006
- Via Campesina International discusses Agrarian Reform and Globalization of the struggle 06/03/2006
- Transgénicos: Agora, chega o milho contrabandeado 22/11/2005