O Papa revolucionário
- Opinión
No início do mês de julho, tive a oportunidade de participar do Encontro Mundial de Movimentos Populares, realizado na cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Sem dúvida, foi um marco histórico na luta constante do conjunto de movimentos sociais em todo o mundo.
A pauta da redução das desigualdades nunca esteve tão atual. Deve estar na linha de frente das prioridades de todas as autoridades a partir do momento em que grandes potências, hoje, estão diante de um verdadeiro dilema político, econômico e social.
Após três dias de encontro, contribuímos na elaboração da Carta de Santa Cruz que, entre outros temas, reafirma a luta em defesa da produção de alimentos saudáveis e da soberania alimentar, e ainda o combate ao surgimento de novas formas de acumulação e especulação da terra e do território como mercadorias, vinculadas ao agronegócio.
Mas o destaque do encontro foi a presença do Papa Francisco. Com a sua fala firme e bem posicionada sobre todos os temas ligados à justiça social, o Papa não apenas encantou, mas permitiu um novo momento aos lutadores sociais na defesa de conquistas e avanços aos mais que precisam.
“Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”, defendeu ele. É o recado de um grande líder religioso e político para a sociedade mundial.
A experiência daqueles dias na Bolívia me permitem afirmar o perfil revolucionário do Papa Francisco. Seu discurso e suas ações são um alento neste momento em que posturas conservadoras e radicais avançam de maneira assustadora.
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Edegar Pretto é Deputado Estadual PT/RS
24/jul/2015
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