Como analisar o Brasil dos piores?
- Opinión
Escrevo com uma unica finalidade: provocar o debate. Faço uso da linguagem do povo para catucar ou cutucar alguns jornalistas-arrumadinhos-carneirinhos, alguns juízes vedetes do sensacionalismo, e políticos do congresso nacional. Com esta crônica espero que o jornal não receba enxurradas de ataques irracionais de ódio, xingamentos de alguns internautas de plantão, não muito dispostos ao debate politico contraditório, provocativo e satírico.
Cutucando a grande mídia: Como classificar o pior jornal tanto o impresso como o telejornal? Talvez, poderia-se dizer que é aquele que tem o dom de oficializar mentiras, que tem como objetivo manipular a opinião publica. Na certa, age como se todo brasileiro fosse burro.
Qual o perfil dos jornalistas que atuam na grande mídia brasileira? Logicamente, em toda regra há exceção, não podemos colocar todos os jornalistas da grande mídia no mesmo saco. Sabe-se que são os piores que se projetam na cena midiática. Eles podem ser identificados como jornalistas-carneiros, obedecem, cegamente, ao que mandam os patrões, os que atuam na televisão são todos arrumadinhos, nunca envelhecem, guardam a mesma entonação na voz, têm uma linguagem bem mais formatada. Será que podemos podemos dizer que são jornalistas? Leem e decoram o que lhes foi escrito para falar. Os jornalistas que preparam os textos escrevem sob a orientação de seus patrões. A suposta liberdade é vigiada! Esses jornalistas-carneirinhos não fazem a diferença entre ser jornalista parcial ou imparcial, dizem que isto não existe no jornalismo, e, quando recebem criticas, dizem defender a liberdade de expressão! Em geral adoram fazer uso do “copiar/colar” sobre tudo que sai de negativo sobre o Brasil, apostam no fracasso da economia, e buscam criar o pessimismo junto aos investidores, além de criar um clima de divisão permanente na sociedade, inclusive, incitam o ódio. Trata-se de uma mídia que age como partido politico, não possui senso crítico, tudo é valido para criar armadilhas para seus inimigos políticos.
Esses jornalistas na certa leem muito pouco sobre conjuntura internacional, a leitura da imprensa internacional se limita à busca de matérias negativas sobre o Brasil. Aí, o complexo vira-lata explode! Quanto a leitura de outros jornais e revistas no Brasil com outras linhas editoriais, nem imaginar! Eles preferem ler, assistir aos jornais televisivos de seus confrades da grande mídia, são adeptos do pensamento único. A pluralidade do pensamento lhes incomoda. Entre os confrades eles utilizam os mesmos argumentos, e o copiar/colar é livre! Não existem regras de direitos autorais.
Nota-se o pouco espaço dado às questões ligadas a geopolítica e aos desafios de um mundo multipolar, sobre os efeitos da globalização econômica junto às economias periféricas ou como impactam sobre os países ditos emergentes, nenhum desses temas de atualidade lhes interessam. Também pouco abordam os assuntos ligados aos direitos humanos, questões relacionadas às chamadas minorias, com os povos indígenas, com os negros, questões de gênero, homofobia, problemas ecológicos, dentre outros temas de ordem societal, não são considerados relevantes. E quanto tratam algo sobre estas questões de sociedade é somente para divulgar o pensamento das correntes conservadoras.
Mesmo que alguns jornalistas da grande mídia tenham interesse em aprofundar suas matérias, os patrões lhes exigem escrever rápido e não lhes deixam tempo para a leitura, nem para averiguar a veracidade dos fatos, diversificar suas fontes de informações. Afinal o chic hoje nesse tipo de jornalismo é a prática do jornalismo light, despolitizado. Eles devem aprender a fazer “buzz”, dai, não têm capacidade de fazer um jornalismo crítico, investigativo e politico.
Para fazer isto, eles teriam que estudar, se informar mais, e sobretudo contextualizar melhor suas informações; teriam que cruzar as informações, ter fontes fidedignas para não cair em armadilhas de certos leitores, que de burros não têm nada e podem reagir através de outros canais de informações! Esses jornalistas-carneirinhos e arrumadinhos se cagam de medo diante do acesso dos cidadãos aos meios de publicação de massa. Para eles isto é visto como uma ameaça. O importante é viver de “BuzzFeed”, este sim é o verdadeiro jornalismo de fofocas e de entretenimento e notícias, que tem o propósito de criar conteúdos que se espalham rapidamente pela rede. Um instrumento ideal para a difusão de mentiras e propaganda.
O bloco carnavalesco dos piores, ironiza os intelectuais brasileiros, os artistas e entre eles dizem fazendo galhofas: Por que elevar o nível do debate social, politico? Para nós um povo quanto mais desinformado melhor! Quando a grande mídia dá espaços para pontos de vistas diferenciados sobre a abordagem econômica do país, sobre a conjuntura social e politica, isto significa provocar reflexões, e certamente pode frear a evolução da propaganda anti-Brasil e desmentir algumas pesquisas. Nada de se interrogar sobre o mundo, sobre a sociedade em que vivemos. Nada de pensar no futuro do planeta Terra. Nada de explorar as contradições. Isto é perigoso e pode despertar a consciência politica. Esses jornalistas-carneiros se identificam ideologicamente com os patrões árduos defensores e propagadores da ideologia neo-liberal e que no passado apoiaram a ditadura no Brasil. Cada jornalista tem sua ideologia, mas, ao exercer sua profissão não deve fazer dela um instrumento de manipulação. Exceto se o país é ameaçado de ditadura ou outros regimes que ameaçam o estado de direito. Normalmente, os jornalistas são guardiões da democracia.
Cutucando a Justiça : O que existe
de pior num juiz de direito hoje no Brasil?
A questão feita é arriscada…O melhor é falar como uma mineira…”Eu acho” que é aquele juiz que usa e abusa da mídia para transformar a justiça em espetáculo, tem crise de euforia quando percebe que toda a mídia fala dele, e até lança a hipótese de futura candidatura a Presidente do Brasil! Esse tipo de juiz mantém uma relação camarada com a mídia, ela é sua aliada. Para receber o titulo de pior, na certa gosta de abusar de seu poder e não se incomoda em atropelar as regras do Estado de Direito; Trata-se do juiz que têm pretensão politica, dai ele mistura a justiça com jogada política, age ideologicamente e por vezes é criticado pelos seus próprios colegas.
Esse tipo de juiz não está a serviço da justiça, pois é a justiça que está a serviço dele. O pior juiz é aquele que prefere agir pra criar um estado de exceção do que agir para consolidar um estado democrático de direito. Desde a época do direito romano, já se dizia que a Justiça é a arte do bom e do equitativo, o que se supõe que o pior juiz talvez não foi um bom aluno de história do direito, só estudou para passar e ter diploma e não para aprender. Também ele desconhece o que “ser cidadão” é ter direito à vida, à liberdade, à igualdade perante a lei ou seja ter a garantia dos direitos civis e políticos e sociais.
Resumindo, muitos dos detentores de cargos na magistratura brasileira desfrutam da mais invejável mordomia estabelecida ao terceiro Poder no país. Ganham salários faraônicos e gostam de ver a Justiça de olhos vendados para eles. O moralismo sobre o uso do dinheiro publico não pode ser aplicado para esses juizes. Quem ousaria reformar os tribunais nas suas diversas instância no Brasil? Por que uma cidadã comum ousa fazer este tipo de divagaçao para entender o que existe de pior no Brasil e levar a publico certos questionamentos? A resposta talvez esteja na ânsia de ver esses setores tal como a justiça brasileira funcionando dentro dos critérios válidos para todos, em harmonia com a noção de equitativo, dentro da humanização da ordem juridica. Qualquer brasileiro pode exercer sua cidadania politica!
Cutucando os politicos:
E agora como cutucar o pior politico brasileiro?
Qualquer cidadão ou cidadã pode fazer uso da liberdade de expressão, de sua cidadania para cutucar os políticos, sejam eles de seu partido ou não. Todavia, quem defende a democracia deve ter um comportamento republicano, respeitando as intituiçoes e seus mandatários. Isto não impede o questionamento. Enquanto cidadãos devemos exigir que a casa do povo seja mais bem representada. A democracia representativa não têm a soberania absoluta, ela deve ser associada à democracia participativa que tem uma função reguladora.
Por que deixar que o congresso seja dominado pelos piores políticos da historia brasileira? Alguns agem como palhaços, e sao piores que os bobos da corte, não servem nem para animar a galera, são analfabetos políticos. Desconhecem a historia da politica nacional e internacional, nunca leram bulhufas sobre as tendências politicas existentes na esquerda brasileira, para eles todos são comunistas, mas até o comunismo eles desconhecem, pensam que são monstros que comem criancinhas vivas, são canibais… Deixando o humor de lado, os piores politico no Brasil desconhecem as regras republicanas, desconhecem o funcionamentos dos poderes. Não sabem qual é o papel do Estado, não entendem de orçamento publico, não sabem o que é um fundo publico, nem tao pouco para que serve. Não entendem nada sobre a função dos impostos e taxas e por isso, nao sabem o que é uma receita publica, e, nem tão pouco como a receita deveria ser distribuído; Logicamente, desconhecem o seu próprio papel de representante do povo. Os piores politicos nunca assumiram o compromisso de defender o interesse pela coisa publica e desconhecem o significado da defesa do interesse geral.
Os piores políticos nunca buscarão estimular e facilitar a inclusão da participação social no poder político. Essa inclusão da cidadania política poderia efetivar uma mudança estrutural nas relações com o poder e daria melhor sustentabilidade para uma governabilidade democrática mais participativa. Daria oportunidade para eles serem cutucados até sair correndo da casa do povo!
Para eles esse sistema politico atual é ideal para manter a mercantilização do poder. Esses ignorantes da Política tiveram legitimidade graças à despolitização crescente da política e a permanência do atual sistema político que nenhum presidente eleitos pós-ditadura ousou a fazer. Promessas foram muitas, mas faltou vontade politica para realizar uma verdadeira reforma politica com participação popular. Hoje o resultado é este triste quadro: Existe uma tentativa de esvaziar a política do seu ideal e senso comum, para convertê-la em uma caricatura, em um espetáculo dentre outros, banalizando-a, privando-a de sua substância. A Política não se resume a um espetáculo de batalhas mesquinhas entre políticos carreiristas. Infelizmente, a oposição republicana hoje é minoria e ela é prisioneira de uma oposição conservadora que faz alianças com a bancada reacionária e fascista hoje conhecida como a frente politica – BBB (Bala, Boi e Bíblia).
Esse movimento conservador é o pior que existe na politica brasileira, quer impor uma agenda moralizante à sociedade brasileira com retrocesso total dos direitos sociais, reduzindo a pó as conquistas sociais, além de querer barrar o acesso aos direitos e impor o silêncio às minorias excluídas. Os analfabetos políticos querem despolitizar a sociedade, reativar os preconceitos, o racismo, além de tentativas de criar conflitos religiosos afim de perturbar o convívio pacifico que sempre caracterizou o Brasil, aqui todas as religiões e todas as formas de religiosidade sempre tiveram seus espaços, assim como sempre existiu o respeito aos ateus e agnósticos.
Não vamos permitir que o bloco dos piores dominem a vida politica brasileira. Podemos até conviver com os piores, pois também não nos consideramos os melhores. Porém o que hoje presenciamos entre os piores da grande mídia, entre os piores de alguns representantes da justiça, policia federal, entre os piores do congresso, é que eles avançam com o único objetivo é desconstruir o principio de de convivência pacifica de nossa república, que mesmo com seus defeitos está contribuindo para um Brasil mais justo. Os governos petistas não agradam a todos o que é normal numa democracia, têm seus defeitos, todavia, ninguém pode negar que houve mudanças positivas. O resto cabe a nós não baixar o braço, não enrolar a bandeira da resistência, não perder nossa capacidade de indignação. . Lamentavelmente, o espírito crítico é por vezes paralisado quando se trata do “campo ideológico” do qual nos identificamos, e passa a ser mais ativo quando se trata do campo adverso.
Resta uma advertência ao bloco carnavalesco dos piores: Ninguém destruirá a nação democrática e plural do Brasil, construída com os pilares: índio, negro e branco e a sua mais genuína mistura de raças ao longo de séculos. A melhor imagem desse Brasil multicolorido é seu prato nacional que é a nossa bela colorida e gostosa feijoada! Esta imagem não pode ser ofuscada pela vaga conservadora do obscurantismo medieval.
Marilza de Melo Foucher é economista, jornalista e correspondente do Correio do Brasil em Paris.
fonte: http://correiodobrasil.com.br/noticias/opiniao/como-analisar-o-brasil-dos-piores/766737/
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