Perspectivas dos movimentos sociais

G20: Novo cenário para a política externa do Brasil

07/03/2012
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Intro. O G20 E A GEOPOLÍTICA MUNDIAL
Graciela Rodriguez
 
G20. UM NOVO FORMATO PARA A GOVERNANÇA GLOBAL?
Graciela Rodriguez
 
Audiência pública no senado brasileiro. PASSOS INICIAIS PARA A DEMOCRATIZAÇÃO DO DEBATE SOBRE A POLÍTICA EXTERNA DO BRASIL NO G20
Diana Aguiar
 
Seminário regional. “A AMÉRICA LATINA NO G20”
Diana Aguiar
 
Cúpula dos povos frente ao g20. “OS POVOS PRIMEIRO, NÃO OS MERCADOS FINANCEIROS!”
Diana Aguiar
 
Cúpula do g20 em cannes. Belas palavras, poucas mudanças
Maíra Martins
 
Anexo 1. Posicionamento sobre a volatilidade dos preços de alimentos e a soberania e segurança alimentar e nutricional 33
 
Anexo 2. Posição da rede brasileira pela integração dos povos sobre os princípios para uma taxação de transações financeiras (ttf) voltada para o desenvolvimento
 
Anexo 3. Basta de falsas soluções de mercado! Por uma governança global democrática!
 
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intro. O G20 E A GEOPOLÍTICA MUNdIAL
Graciela Rodriguez
 
Analisar o G20 significa um desafio novo para os movimentos sociais. Desde finais da década de 90, e em particular desde a reunião da OMC em Seattle em 1999, o altermundialismo – termo cunhado para definir os movimentos sociais que em escala mundial questionam as injustiças do sistema econômico globalizado – tem avançado uma luta que contribuiu para deslegitimar o modelo neoliberal dominante na geopolítica mundial. Tal assertiva pode parecer ambiciosa, ao dar tanta importância ao papel dos movimentos sociais na última década. Entretanto, sem deixar de perceber as outras forças sociais e econômicas promotoras das fortes mudanças políticas internacionais, é fundamental enfatizar a importância estratégica que as mobilizações protagonizadas pelos movimentos sociais na década passada tiveram para chegarmos ao atual cenário geopolítico mundial, estabelecido no pós Guerra Fria. Foi fundamentalmente o questionamento do modelo neoliberal instalado por tais movimentos sociais durante a última década que possibilitou abrir uma etapa de conflitos e mudanças na geopolítica mundial. Algumas destas mudanças aparecem refletidas na conformação do G20, ainda que este agrupamento informal não expresse cabalmente as novas forças emergentes no poder mundial.
 
Mas é justamente por este importante papel protagonizado pelos movimentos sociais na desestabilização da hegemonia neoliberal que resulta desafiador entender o G20, como expressão dos novos conflitos geopolíticos, e também pelas perspectivas que ali estão se desenhando para o desenlace futuro desta corrida pelo centro do poder mundial. Novamente, assim como foi nos finais dos anos 90 em relação às institucionalidades dominantes da governança global, é fundamental agora para os movimentos sociais entender este novo formato que está tomando a governança da globalização, para assim dimensionar o alcance das mudanças e direcionar de forma mais adequada suas lutas e esforços.
 
https://www.alainet.org/pt/articulo/156324?language=en

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