Ano Novo ... Velhos problemas

07/01/2009
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   A garrafa estourou junto a fogos e brilhou no céu cores vibrantes e a ressaca foi tão contagiante que aos poucos voltamos à rotina.
Roteiro pronto.
 
   Eis Papai Noel, trouxe-nos muitas noticias não frescas, porém sempre fatais.
Vejamos:
 
   Israel e Palestina. Guerra. Culpa de quem? Lado certo quem ousa afirmar?
Judeus e árabes. Televisões ligadas no massacre. Ambos. Mortos. Muitos.
Não importa a posição de governos e estados. A verdadeira preocupação deveria (ao menos penso) ser crianças mortas. De muitas etnias, contudo todas carregam o mesmo sangue vermelho, que não cansa de jorrar nessas terras sagradas demais.
Uma disputa antiga, verdadeiro crime contra inocentes e poucas promessas de paz.
 
   A chuva tão presente nos noticiários e recente nas nossas telhas.
Inundações, tempestades, tristezas.
E como novela das oito, culpada pelo crime de cair demais!
Vingança dos deuses?
O povo quer saber!
E esquecemos (ou melhor, não lembramos, pois lembrar parecer ser missão inglória para o homem moderno) os erros de tempos passados.
Homens da cidade grande, das empresas, corporações, donas de casa ...
Personificamos a natureza apenas para culpá-la, nunca para abençoá-la.
Eis o ser humano.
Eis o seu fim.
 
Pela noite passamos nos principais centros urbanos, com suas ruas recheadas de bancos e vemos despojados neles muitos mendigos. Qual o problema desta imagem?
Muitos diriam se tratar dos imundos seres ali encontrados, mas pensemos no contrário.
 Pois enquanto os donos têm seus lucros exuberantes e suas fusões garantidas
Com ou sem crise.
 
 O número de mendigos continua crescendo e nem mesmo com a ajuda “humanitária” de grupos de milícia, inimigos, muitos, que simplesmente vêem aquelas pessoas como coisas. Coisas erradas no cenário e por isso há necessidade de serem retiradas, eliminadas. Mesmo com toda essa mãozinha, o número deles ainda parece não diminuir, um espectador mais atento pode até mesmo afirmar que houve um aumento dessas pessoas. Crianças correndo pelas avenidas brincando com papelões iluminadas pelas luzes e potentes slogans dos bancos. Qual o erro dessa imagem?
 
As inocentes risadas daqueles que nada possuem?
 
Ou
Uma luz quebrada do banco anunciando que um reforma necessita. Policias vigiando bancos, bancos das praças vazias, pois o perigo ronda. Perigo em forma de cor.
Preta,
Sujeira
Cospe
Fora
Acesso negado.
 
Qual é o saldo dessa mensagem?
 
 
Thiago “Plaz” Mendes
Escreve para os blogs:
 
 
(Blog da Elaine Tavares)
https://www.alainet.org/pt/articulo/131713?language=es

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