Carta ao Povo Brasileiro da Frente Brasil Popular

03/09/2018
  • Español
  • English
  • Français
  • Deutsch
  • Português
  • Declaración
-A +A

Mais uma vez nos encontramos diante de uma encruzilhada histórica. As eleições de 2018 são uma batalha fundamental na luta que travamos desde 2015 em defesa da democracia, dos direitos e da soberania.

 

A Frente Brasil Popular é o produto da unidade política das forças populares na luta contra o golpe e por outra política econômica. Portanto, nesse momento em que o golpe e seus protagonistas são postos à prova do voto popular não podemos deixar de manifestar ao povo brasileiro nossa opinião.

 

O golpe no Brasil é parte de uma ofensiva internacional do capitalismo neoliberal, diante de um cenário de crise econômica internacional de longa duração. No Brasil, o impeachment da Presidenta Dilma, sem crime e sem provas, foi a forma mais rápida de derrubarem um governo legítimo, que promovia a inclusão social e a redução das desigualdades e colocar no lugar um projeto de retrocesso político e social, sem respaldo popular.

 

Os representantes das classes dominantes no parlamento, no judiciário, na mídia liderada pela Rede Globo e aqueles que vivem da especulação financeira são os patrocinadores e protagonistas desse golpe. É por isso que o maior líder popular brasileiro hoje é um preso político. Enclausuravam Lula para continuar o assalto ao Brasil.

 

Por isso, temos clareza do que está em jogo nessa eleição, tanta que lutamos arduamente por sua antecipação. E por isso estamos unidos, mais uma vez, também na disputa eleitoral. Não podemos nos calar ou não ter posição política.

 

Desde o ano passado assumimos a luta em defesa do ex-presidente Lula, condenado sem provas por um judiciário parcial, acusando a perseguição contra ele, defendo sua inocência, seu direito de ser candidato e posteriormente a sua liberdade, diante da prisão ilegal a que está submetido. Em que pese os esforços da direita e da rede globo, sua liderança política não foi abalada, pelo contrário.

 

Lula segue sendo a principal liderança política do Brasil. Sua história e sua candidatura é expressão da luta de classes no Brasil. Por isso ele reúne em torno de si um apoio popular crescente e, portanto, as melhores condições de derrotar o golpe em curso. É por isso que ele está preso. É por isso que defendemos Lula Presidente.

 

A disputa eleitoral, mesmo com a diversidade de candidaturas, está polarizada entre dois projetos antagônicos. Um de continuidade das políticas do golpe no qual o povo é o problema e deve pagar a conta da crise e outro que prima pelo desenvolvimento nacional, fundado na democracia, na soberania e na valorização do trabalho.

 

É por isso que, a partir de agora, nós levantaremos a bandeira de Lula, Haddad e Manu e eles levarão a nossa bandeira em cada canto do país. Assim como, respeitamos cada entidade que faz parte de nossa articulação, mas que têm especificidades e dinâmica própria de participação no processo eleitoral.

 

A militância dos movimentos sociais, através das suas formas de luta e organização, deve dedicar seus melhores esforços para construir a vitória de Lula.

 

Havendo segundo turno, continuaremos trabalhando para construir uma unidade ainda mais ampla com conjunto da esquerda e dos setores progressistas para derrotar o golpe e devolver o destino do país aos brasileiros e brasileiras.

 

Está na hora de o povo brasileiro voltar a decidir sobre os caminhos que o País deve seguir, resgatar a soberania popular, ter seu voto respeitado e contado. O povo quer poder votar em Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad e Manuela d'Ávilla.

 

Nossa luta não começou e não terminará nas eleições. Independente do resultado, vamos continuar construindo um caminho de unidade em torno de um projeto para o País e de uma aliança com as forças populares, progressistas e patriótica.

 

Precisaremos de muita luta e unidade para reverter os ataques à classe trabalhadora e abrir um novo período de democracia, inclusão, desenvolvimento, crescimento e soberania no Brasil.

 

 

São Paulo, 31 de Agosto de 2018

 

https://www.alainet.org/pt/articulo/195069?language=es
Subscrever America Latina en Movimiento - RSS