Terrorismo econômico, roubo e pirataria: armas dos EUA contra a Venezuela
- Opinión
Após as derrotas sofridas no pleno da OEA e no Conselho de Segurança da ONU, os EUA decidiram intensificar o banditismo contra a Venezuela.
Como não conseguiram angariar apoio da comunidade internacional para o reconhecimento do títere Juan Guaidó como presidente “autoproclamado” da Venezuela, abriram novo flanco de agressão à potência petroleira do Caribe.
John Bolton, conselheiro de segurança nacional; e Steven Mnuchin, secretário de tesouro do governo Trump, anunciaram desde a Casa Branca [1] o congelamento ilegal de US$ 7 bilhões da CITGO, subsidiária da PDVSA sediada em Houston, no Texas; e [2] a retenção, em contas bloqueadas, de todo dinheiro a ser recebido pela CITGO em transações de petróleo venezuelano, cifra estimada em 11 bilhões de dólares nos próximos meses.
Nessa pantomima absurda, Trump ainda decidiu, unilateralmente, usurpar o poder legítimo do governo venezuelano para “entregar” a jurisdição dos bilionários recursos do país ao seu títere Juan Guaidó, quem foi orientado pelo patrão do Norte a indicar dirigentes ilegítimos para a CITGO em substituição aos funcionários legítimos, empossados tempos atrás por Caracas.
Trump agiu, como de costume, à margem da lei e do direito internacional. É mais uma decisão ilegítima e criminosa, operada por fora da Carta das Nações Unidas e em frontal ofensa à posição majoritária da comunidade internacional, que reconhece Nicolás Maduro como presidente constitucional da Venezuela e autoridade com plena jurisdição sobre o território, as riquezas, os recursos, o governo, as FFAA e a administração do país.
Esta nova violência adiciona ao terrorismo econômico promovido pelos EUA a prática de pirataria, pilhagem e roubo da renda petroleira que pertence ao povo venezuelano.
Os EUA almejam criar uma situação de dualidade de poder para dividir as forças armadas e deflagrar uma guerra civil no país.
Os passos seguintes do jogo conspirativo traçado desde Washington e ordenado aos leais súditos imperiais em Brasília, Bogotá e em outras capitais de países-cônsules são: [1] protestos violentos em Caracas na quarta-feira, 30/1, [2] mobilizações massivas e declaração de países da UE reconhecendo o títere Juan Guaidó no sábado, 2/2, e [3] reunião do Grupo de Lima [também conhecido como “Cartel” de Lima] na segunda-feira, 4/2, que encorajará o avanço da lógica de guerra na Venezuela.
A reação de intelectuais, organizações, movimentos sociais e lideranças políticas de todas partes do mundo tem ampliado a consciência crítica acerca da insanidade da extrema-direita internacional e suas sucursais latino-americanas.
Diante deste novo ataque criminoso dos EUA, é preciso transformar essa consciência crítica de cada país do continente num movimento continental articulado de luta pela paz, em defesa da soberania da Venezuela e contra a guerra promovida pelo presidente Trump e governos capachos, submetidos aos caprichos e interesses norte-americanos.
Defender a soberania da Venezuela significa a defesa do direito à autodeterminação dos povos, da não-ingerência estrangeira e da paz continental.
O povo latino-americano não permitirá que um maluco como Trump transforme a Venezuela numa Síria.
29 de janeiro de 2019
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