Mercosul – integração comercial, ou política e social também?
21/01/2007
- Opinión
Assim que terminou o bate boca entre o presidente da Bolívia Evo Morales e o governador geral da Colômbia, o norte-americano Álvaro Uribe, o presidente da Venezuela disse, publicamente, que daria explicações particulares ao seu colega boliviano sobre o verdadeiro caráter de Uribe. Bandido remunerado a milhões de dólares para entregar o país.
O que ficou claro na reunião de cúpula do MERCOSUL é que os países mais pobres buscam formas de integração que permitam algo mais que um equilíbrio comercial, ou manter as regras atuais. Querem uma integração política e social como forma de enfrentar os cada vez mais poderosos blocos liderados pela Europa e pela pelos Estados Unidos.
Um, os americanos, usam as garras estúpidas e boçais do terrorismo padrão Capitão Gancho. Outros, os europeus, ainda insistem em trocar apito por ouro.
O chanceler brasileiro Celso Amorim é uma das raras figuras que sabe o que quer no governo Lula. Ate porque o próprio presidente cada dia se mostra mais um desgovernado, sem a menor idéia do que fazer e com a obsessão de virar um Juscelino na história.
Falta envergadura para isso, os tempos são outros e Lula está metendo os pés pelas mãos com maior rapidez que no primeiro mandato. Não percebeu que os aplausos e ovações a Chávez onde o venezuelano aparecia era o estado de espírito e desejo do povo, ao contrário da a morna e às vezes hostil recepção que teve em locais públicos.
Morales foi claro: não quer generosidade do Brasil. Quer tratamento justo na questão do gás. O país paga um dólar enquanto os outros pagam cinco, inclusive França e Espanha. Essa diferença foi obtida no governo FHC num acordo que o Brasil comprou o governo da Bolívia à época, mais tarde enxotado do poder pelo povo. Era a prática tucana, comprava dum lado e vendia do outro. Ou seja, comprava os mais fracos, se vendia aos mais fortes.
Essa febre desenvolvimentista de Lula parece com aqueles ataques que todo mundo tem de repente e cisma que é capaz de escalar o Everest, até perceber que não é bem assim, que a determinada altura do campeonato o ar começa a faltar e as pernas ficam trôpegas.
A reunião do MERCOSUL não foi o fracasso que a GLOBO pretendeu fazer crer. Foi um alerta dos novos rumos. E isso é que assusta a GLOBO e os interesses que representa. Salvou-a o chanceler Celso Amorim, pelo Brasil, mas os donos da festa foram Chávez, Morales e Tabaré Vasquez. Lula foi coadjuvante e sem expressão alguma, não tem a menor chance de ser indicado para o oscar na categoria.
Devia estar preocupado com essa história de Aldo Rebelo versus Arlindo Chinaglia, o mundinho de Brasília, ou “a ilha da fantasia” como diz Millôr Fernandes.
O seu desempenho foi pífio. Corre o risco de tentar o prêmio JK e acabar com o troféu FHC, já que anda falando em vender ações de estatais.
Ainda acaba destaque de escola de samba num carro alegórico. E daqueles cuja altura é tamanha, que esbarra nos fios da passarela do samba e acaba não participando do desfile, dá choque.
Lula é parte do seu tempo. O tempo da mediocridade tucano/petista.
O que ficou claro na reunião de cúpula do MERCOSUL é que os países mais pobres buscam formas de integração que permitam algo mais que um equilíbrio comercial, ou manter as regras atuais. Querem uma integração política e social como forma de enfrentar os cada vez mais poderosos blocos liderados pela Europa e pela pelos Estados Unidos.
Um, os americanos, usam as garras estúpidas e boçais do terrorismo padrão Capitão Gancho. Outros, os europeus, ainda insistem em trocar apito por ouro.
O chanceler brasileiro Celso Amorim é uma das raras figuras que sabe o que quer no governo Lula. Ate porque o próprio presidente cada dia se mostra mais um desgovernado, sem a menor idéia do que fazer e com a obsessão de virar um Juscelino na história.
Falta envergadura para isso, os tempos são outros e Lula está metendo os pés pelas mãos com maior rapidez que no primeiro mandato. Não percebeu que os aplausos e ovações a Chávez onde o venezuelano aparecia era o estado de espírito e desejo do povo, ao contrário da a morna e às vezes hostil recepção que teve em locais públicos.
Morales foi claro: não quer generosidade do Brasil. Quer tratamento justo na questão do gás. O país paga um dólar enquanto os outros pagam cinco, inclusive França e Espanha. Essa diferença foi obtida no governo FHC num acordo que o Brasil comprou o governo da Bolívia à época, mais tarde enxotado do poder pelo povo. Era a prática tucana, comprava dum lado e vendia do outro. Ou seja, comprava os mais fracos, se vendia aos mais fortes.
Essa febre desenvolvimentista de Lula parece com aqueles ataques que todo mundo tem de repente e cisma que é capaz de escalar o Everest, até perceber que não é bem assim, que a determinada altura do campeonato o ar começa a faltar e as pernas ficam trôpegas.
A reunião do MERCOSUL não foi o fracasso que a GLOBO pretendeu fazer crer. Foi um alerta dos novos rumos. E isso é que assusta a GLOBO e os interesses que representa. Salvou-a o chanceler Celso Amorim, pelo Brasil, mas os donos da festa foram Chávez, Morales e Tabaré Vasquez. Lula foi coadjuvante e sem expressão alguma, não tem a menor chance de ser indicado para o oscar na categoria.
Devia estar preocupado com essa história de Aldo Rebelo versus Arlindo Chinaglia, o mundinho de Brasília, ou “a ilha da fantasia” como diz Millôr Fernandes.
O seu desempenho foi pífio. Corre o risco de tentar o prêmio JK e acabar com o troféu FHC, já que anda falando em vender ações de estatais.
Ainda acaba destaque de escola de samba num carro alegórico. E daqueles cuja altura é tamanha, que esbarra nos fios da passarela do samba e acaba não participando do desfile, dá choque.
Lula é parte do seu tempo. O tempo da mediocridade tucano/petista.
https://www.alainet.org/es/node/118840
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