Inicia nesta sexta-feira (12) o Acampamento Nacional contra os Transgênicos, pela Soberania do Brasil e Alimentação Saudável, que se estenderá até o dia 16 de outubro e reunirá cerca de 600 trabalhadores e trabalhadoras, dos movimentos que compõe a Via Campesina (MAB, MPA, MST, PJR, CPT, ANMTR, FEAB) e também da CONTAG, FETRAF-Sul, Greenpeace, IDEC, AsPTA entre outras organizações que estão se mobilizando contra a liberação das sementes geneticamente modificadas. O principal objetivo do acampamento é mobilizar a sociedade para lutar contra a implementação da lei que tramita no Congresso Nacional e que pretende liberar o plantio, a comercialização e manipulação de organismos geneticamente modificados. Os acampados também estarão realizando atividades em escolas, universidades e supermercados de Brasília e das cidades satélites, como objetivo de divulgar informações sobre a questão dos transgênicos, além de defender a necessidade do Brasil construir sua soberania alimentar, sem controle das sementes por parte das multinacionais. Durante os 40 dias de acampamento, serão realizadas palestras, estudos e debates internos, além de atos, caminhadas e panfletagens. Também está previsto na programação, a realização de seminários, oficinas e atividades culturais, onde estarão participando cientistas e personalidades que estudam e acompanham a questão dos transgênicos. Segundo o Deputado Frei Sérgio Görgen, que acompanhará o Acampamento, a mobilização da sociedade civil é extremamente importante para garantir alimentação saudável para o povo brasileiro. "Não existe ainda um estudo de impacto ambiental sobre os transgênicos e as provas científicas que temos, dão conta da ocorrência de aumento de casos de alergia e resistência a antibióticos, em várias partes do mundo onde se consomem transgênicos", afirmou Frei Sérgio, que disse também que a adoção do principio da precaução continua sendo essencial neste momento.