Jubileu Sul /Américas por ocasião da 5a. Reunião Ministerial da OMC, Cancún
08/09/2003
- Opinión
Por um Milênio Sem Dívidas nem Exploração
Não ao Livre Comercio! Não à Dívida externa!
Sim à VIDA e à Soberania Popular! A Campanha Jubileu Sul /Américas por ocasião da 5a. Reunião Ministerial da OMC, Cancún, entre 10 e 14 de setembro de 2003, vem aos ativistas, militantes de todo o mundo, em particular aos do Sul do Mundo (África, Ásia, América Latina e Caribe) manifestar seu repúdio à mercantilização de todas as esferas da vida que está em jogo nos debates a ser travados nestes dias. Percebemos que se encontra em curso uma clara integração das políticas de ajuste do Banco Mundial, BID e FMI com os debates na OMC e o ALCA, visando a harmonização das políticas econômicas domésticas e internacionais, em especial a financeira e comercial, nos termos neoliberais. Cada vez mais estas políticas caminham para que as economias nacionais se abram para os investimentos estrangeiros e, ao mesmo tempo, garantam o fiel e contínuo pagamento das dívidas externa e interna. Nos amaram por todos os lados para manter as finanças como o eixo central da economia. Estando as finanças ancoradas em moedas como o dólar e o euro, fica impossibilitado o projeto soberano de desenvolvimento e as políticas capazes de realizá-lo. Nos amarram também com políticas de "guerra preventiva", militarização de nossos países e criminalização do protesto social. A ideologia liberal prega que o livre comércio leva ao crescimento econômico. A história recente mostra que o jogo entre desiguais favorece os países desenvolvidos gerando ainda mais pobreza, desigualdade e injustiça. O dogma inquestionável do pagamento da Dívida Externa passa por cima dos direitos humanos e soberanos das pessoas e dos povos. O FMI e as suas políticas de (des)ajuste têm provocado verdadeiras invasões neocoloniais, como no caso da Argentina, Equador e Brasil. Não podemos estar submissos aos acordos do FMI, que dizem o que os governos podem gastar ou não com políticas geradoras de trabalho e medidas sociais. A Divida Externa é um veto e constrangimento constante ao desenvolvimento socioeconômico soberano das nações do Sul. Há dois séculos nossas economias dependem das divisas das exportações. Nossos paises passaram a ser além de exportadores de banana, carne, açúcar, aço, cobre, soja, petróleo, etc exportadores de dinheiro. Pagamos as dividas, pagamos a transferência de lucros das empresas estatais privatizadas, pagamos os dividendos de quem "investe" nas bolsas de valores de São Paulo, Buenos Aires, Caracas etc. O FMI, BM, BID, os Governos do Norte e suas transnacionais têm imensas dívidas sociais e ecológicas com os países e povos do Sul, as mesmas que são incrementadas com os tratados de livre comercio, como a OMC, ALCA. Exigimos parar o saqueio de recursos naturais e financeiros do Sul ao Norte. Exigimos que esses organismos e corporações sejam sancionados, restaurem os danos causados e restituam aos afetados. Basta desta sangria! Por Soberania, por trabalho, moradia, reforma agrária! Não à divida, à militarização, à ALCA/OMC Sim a Vida! JUBILEU SUL/AMÉRICAS
Por um Milênio Sem Dívidas nem Exploração
Não ao Livre Comercio! Não à Dívida externa!
Sim à VIDA e à Soberania Popular! A Campanha Jubileu Sul /Américas por ocasião da 5a. Reunião Ministerial da OMC, Cancún, entre 10 e 14 de setembro de 2003, vem aos ativistas, militantes de todo o mundo, em particular aos do Sul do Mundo (África, Ásia, América Latina e Caribe) manifestar seu repúdio à mercantilização de todas as esferas da vida que está em jogo nos debates a ser travados nestes dias. Percebemos que se encontra em curso uma clara integração das políticas de ajuste do Banco Mundial, BID e FMI com os debates na OMC e o ALCA, visando a harmonização das políticas econômicas domésticas e internacionais, em especial a financeira e comercial, nos termos neoliberais. Cada vez mais estas políticas caminham para que as economias nacionais se abram para os investimentos estrangeiros e, ao mesmo tempo, garantam o fiel e contínuo pagamento das dívidas externa e interna. Nos amaram por todos os lados para manter as finanças como o eixo central da economia. Estando as finanças ancoradas em moedas como o dólar e o euro, fica impossibilitado o projeto soberano de desenvolvimento e as políticas capazes de realizá-lo. Nos amarram também com políticas de "guerra preventiva", militarização de nossos países e criminalização do protesto social. A ideologia liberal prega que o livre comércio leva ao crescimento econômico. A história recente mostra que o jogo entre desiguais favorece os países desenvolvidos gerando ainda mais pobreza, desigualdade e injustiça. O dogma inquestionável do pagamento da Dívida Externa passa por cima dos direitos humanos e soberanos das pessoas e dos povos. O FMI e as suas políticas de (des)ajuste têm provocado verdadeiras invasões neocoloniais, como no caso da Argentina, Equador e Brasil. Não podemos estar submissos aos acordos do FMI, que dizem o que os governos podem gastar ou não com políticas geradoras de trabalho e medidas sociais. A Divida Externa é um veto e constrangimento constante ao desenvolvimento socioeconômico soberano das nações do Sul. Há dois séculos nossas economias dependem das divisas das exportações. Nossos paises passaram a ser além de exportadores de banana, carne, açúcar, aço, cobre, soja, petróleo, etc exportadores de dinheiro. Pagamos as dividas, pagamos a transferência de lucros das empresas estatais privatizadas, pagamos os dividendos de quem "investe" nas bolsas de valores de São Paulo, Buenos Aires, Caracas etc. O FMI, BM, BID, os Governos do Norte e suas transnacionais têm imensas dívidas sociais e ecológicas com os países e povos do Sul, as mesmas que são incrementadas com os tratados de livre comercio, como a OMC, ALCA. Exigimos parar o saqueio de recursos naturais e financeiros do Sul ao Norte. Exigimos que esses organismos e corporações sejam sancionados, restaurem os danos causados e restituam aos afetados. Basta desta sangria! Por Soberania, por trabalho, moradia, reforma agrária! Não à divida, à militarização, à ALCA/OMC Sim a Vida! JUBILEU SUL/AMÉRICAS
Por um Milênio Sem Dívidas nem Exploração
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