Ouro de tolos

19/08/2008
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Recentemente postei no meu blog considerações sobre a olimpíada. Com o titulo apropriado de Negócio da China.

 

O exuberante lucro criado pelos jogos de Pequim se contrasta com as denuncias de trabalhos escravos tão repetidas ainda antes da pira estar acesa.

Afinal os pequenos não vão ganhar medalhas, e sim, um salário baseado em suas proporções, quer dizer, pela metade.

 

 “Ah!
 Eu devia estar sorrindo
 E orgulhoso
 Por ter finalmente vencido na vida
 Mas eu acho isso uma grande piada
 E um tanto quanto perigosa...”

 

Proponho a seguinte questão no momento.

Entre segundos preciosos, recordes são quebrados.

Em segundos, crianças preciosas estão mortas!

 

Importa? Parado ao televisor multi canais apreciar a medalha de ouro encravada em algum sorriso simpático?

Enquanto seu país afunda na pobreza lamática.

Ou.

Mergulha de cabeça na riqueza asmática.

Orgulho?

 

 “Eu devia estar contente

 Por ter conseguido

 Tudo o que eu quis

 Mas confesso abestalhado

 Que eu estou decepcionado...”

 

Ouro de tolo que brilha em qualquer mão, mas no final do dia cobra sua menção honrosa.

 

 “Eu que não me sento
 No trono de um apartamento
 Com a boca escancarada
 Cheia de dentes
 Esperando a morte chegar...”

 

A maioria continua com as mãos calejadas de tanto trabalhar. E senta ao final do dia para fitar o quadrado mágico.

 Incrédula.

 Ao ver o narrador repetir sobre mais uma conquista dourada.

Orgulho para o país diante da conquista.

Conquista longínqua.

Apenas arranjei para a janta, amanhã terá mais.

A disputa pela comida.

 

 “Porque longe das cercas
 Embandeiradas
 Que separam quintais
 No cume calmo
 Do meu olho que vê
 Assenta a sombra sonora
 De um disco voador...”

 

Porem.

Como negar ao ver a bandeira subir mais alto e escutar o hino. Lagrimas brotando do nadador que traz a medalha prostada no peito.

Como não sentir algo mais profundo?

Ora, não somos com aqueles felizes insensíveis, de rostos rosados recheados de dólares.

Entre eles. Somos os aliens.

Embora o ouro seja valido não pelo brilho do metal, mas pelo frescor sincero das lagrimas de jovens atletas.

Eis o prêmio máximo.

Todos somos vencedores.

 

O disco voador vai partir!

 

Thiago “plaz” Mendes

Letra: Ouro de tolo ( Raul seixas)

 

Blog do Plaz : http://plaz.zip.net

https://www.alainet.org/de/node/129281?language=es

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